Os programas da televisão estatal Russia 1 têm vindo a promover a ideia de que a guerra vai entender-se para além das fronteiras da Ucrânia. No “Evening With Vladimir Solovyev”, na passada quarta-feira, um deputado da Duma disse que é preciso considerar “todas as opções”, até mesmo uma “guerra colossal” a envolver a NATO.

Questionado no programa por Vladimir Solovyev sobre se a Rússia se estava a abster de explorar alguns dos seus recursos militares por Putin os querer manter livres para uma possível luta contra a NATO, Andrey Gurulyov respondeu: “Somos obrigados a considerar essa possibilidade”, noticia a revista Newsweek.

Temos de considerar todas as opções, até uma grande guerra colossal e estar preparados para isso”, acrescentou explicando que a Rússia está “pronta” para tal cenário, escreve a ABC.

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O deputado, que também é um aliado próximo de Putin, criticou ainda Wesley Clark, o antigo comandante-chefe das forças da NATO, por dizer que o conflito não poderia ser “interrompido sem a intervenção” da Aliança Atlântica. “É melhor não reagir ou responder às suas declarações [de Wesley Clark]. Um cão ladra e a caravana passa”, disse Andrey Gurulyov, que depois salientou que a Rússia poderia utilizar até “100 mísseis por dia” na Ucrânia até ao final do ano.

No mesmo programa, o “Evening With Vladimir Solovyev” , também o apresentador reforçou a ideia de que o conflito na Ucrânia pode escalar-se além fronteiras e falou sobre a ajuda ocidental a Kiev: “Agora, eles [o Ocidente] estão a pensar envolver-se diretamente [na guerra]”.

Vladimir Solovyev indicou ainda, segundo a Newsweek, que a Polónia, o Reino Unido e os países Bálticos formaram uma “aliança totalmente nova” que se vai envolver na guerra na Ucrânia e “o resto da NATO seguirá”.