A Rússia anunciou no domingo ter atingido três centros de treino militar no norte e no oeste da Ucrânia, incluindo um perto da fronteira com a Polónia, ataques realizados nas vésperas de uma cimeira da NATO.

O Ministério da Defesa russo referiu que os bombardeamentos foram realizados com “armas de alta precisão das forças aeroespaciais russas e mísseis Kalibr (cruzeiro)”, cita a agencia de notícias France-Presse.

Entre os alvos atingidos está um centro de treino militar para as forças ucranianas no distrito de Starytchi, na região de Levi, a cerca de 30 quilómetros da fronteira polaca.

No sábado, a Rússia disse que matou “até 80” combatentes polacos, num bombardeamento no leste da Ucrânia.

As autoridades russas removeram a bandeira da Polónia de um memorial erguido em memória de milhares de polacos massacrados pelos soviéticos. A decisão surge no auge das tensões entre Moscovo e Varsóvia desde o lançamento da ofensiva russa contra a Ucrânia, no final de fevereiro.

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A Polónia, que forneceu armas à Ucrânia, é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla original), que vai reunir-se em Madrid, Espanha, de 28 a 30 de junho. No domingo tem início na Alemanha uma cimeira de três dias do G7, grupo de grandes potências industrializadas (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão).

A invasão da Ucrânia pela Rússia está no centro dos dois encontros, numa altura em que Kiev pede mais armas e a aplicação de mais sanções contra a Rússia.

Zelensky vai pedir ao G7 mais apoio militar face a “chuva de mísseis” russos

A Força Aérea da Ucrânia anunciou no sábado um “ataque russo maciço […] com mais de 50 mísseis de vários tipos disparados do ar, mar e terra”, sublinhando que os mísseis utilizados são “extremamente difíceis” de intercetar pelas defesas ucranianas.