A General Motors (GM), o maior fabricante de automóveis norte-americano que até há bem pouco tempo detinha a europeia Opel (antes de a vender à PSA), iniciou a exploração comercial da Cruise, a sua divisão de veículos autónomos. Há muito que o construtor desenvolve este sistema de táxis que prescinde de alguém ao volante, como forma de tornar as deslocações através das cidades e meios semi-urbanos mais simples e mais baratas.

Inicialmente, a Cruise utilizava os seus veículos autónomos sem passageiros a bordo, mas com um responsável pronto a intervir caso algo corresse mal. Era a fase experimental, em que o fabricante amealhava experiência e recolhia dados, para optimizar o sistema. Passados longos meses, evoluiu e recebeu autorização das autoridades para transportar clientes voluntários e, por isso mesmo, de forma gratuita, de modo a continuar os testes, sempre com um responsável a bordo, capaz de assumir os comandos, mas desta feita numa posição mais de controlo do que à espera de intervir.

Agora, depois de longos meses (anos…) de experiências e testes, eis que finalmente a GM recebeu luz verde para transportar clientes e cobrar-lhes pelo serviço, sem condutor a bordo. É a “máquina” que conduz o veículo e gere tudo a bordo, com o cliente a ter de pagar uma determinada verba.

A indústria automóvel está convencida que os carros autónomos vão ser uma “mina de ouro”, de que todos os fabricantes vão querer uma fatia. As empresas de transporte de passageiros, sejam os convencionais táxis ou os mais “modernos” serviços de transporte da Uber, ou da nossa TVDE, serão os principais e os maiores clientes desta tecnologia. Mas não faltarão outros utilizadores que, perante a impossibilidade de exceder o limite de velocidade, preferem confiar a condução ao computador do carro e entregar-se ao relaxo, à leitura de um livro ou a navegar na Internet.

A GM afirma que até ao final do ano terá “centenas de unidades da Cruise a operar em São Francisco”, uma cidade bastante pequena em superfície, com os carros autónomos a estarem limitados a uma área correspondente a cerca de 40% da cidade.

Esta divisão da GM também explora outros mercados, cidades em que ainda transporta gratuitamente passageiros, por falta de licença para se dedicar comercialmente a viagens. Mas os responsáveis pelo construtor acreditam que isso será ultrapassado muito em breve, à medida que o sistema da Cruise vá demonstrando o seu valor e a ausência de… acidentes.

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