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Disney poderá perder direitos de autor do Rato Mickey em 2024

Este artigo tem mais de 2 anos

A versão criada por Walt Disney que apareceu em 1928 poderá passar a ser do domínio público em 2024. As restantes versões utilizadas ao longo dos anos, contudo, continuam protegidas.

Steamboat Willie
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Marcas registadas da personagem da Disney como frases e roupa do Rato Mickey poderão não ser de domínio público

LMPC via Getty Images

Marcas registadas da personagem da Disney como frases e roupa do Rato Mickey poderão não ser de domínio público

LMPC via Getty Images

Em 2024, o Rato Mickey, figura incontornável da Disney, passará a ser do domínio público, segundo a lei de direitos de autor dos estados Unidos da América. Isto porque, tendo em conta a referida legislação, um objeto artístico está protegido ao abrigo da legislação de ser utilizado por figuras externas “apenas” durante 95 anos. Haverá, contudo, critérios a respeitar por quem queira passar a utilizar o rato mais famoso do mundo.

“Pode utilizar-se o Rato Mickey como foi originalmente pensado para criar histórias apenas sobre a personagem ou que a utilizem”, explicou ao The Guardian Daniel Mayeda, diretor associado do Departamento Jurídico de Filmes da Faculdade de Direito da Universidadesendo qye da Califórnia. “Mas caso se utilize o Mickey num contexto em que as pessoas pensem na Disney – o que é provável por terem investido na personagem durante tanto tempo -, então, em teoria, a empresa pode dizer que se violou uma marca registada.”

Na verdade, será apenas o conceito inicial apresentado para o Rato Mickey – que surge pela primeira vez no famoso filme em que este conduz um barco a vapor – que será do domínio público, sendo que qualquer versão posterior continuará a pertencer à Walt Disney. Pelo menos enquanto não passarem 95 anos desde a data de criação de cada umas das versões da personagem.

Mickey Cuts Up Mickey Mouse

Pósteres do Rato Mickey de 1931 (E) e 1932 (D)

LMPC via Getty Images

Ao longo dos anos, o Rato Mickey passou por diversas transformações relativas à sua aparência física e personalidade”, explicou o jornal britânico, que citou o Museu Nacional de História Americana. “Nos seus primeiros anos, o matreiro Mickey parecia mais um rato, com um nariz longo e pontiagudo, olhos negros, um corpo pequeno com pernas finas e uma cauda mais longa.”

A disputa legal já esteve em cima da mesa pelo menos outras duas vezes, segundo conta o El Confidencial. A primeira ocorreu em 1976, depois do período de proteção jurídica de 56 anos, tendo nessa altura o prazo sido prolongado para um total de 75 anos. Em 1988, o mesmo voltou a repetir-se, com os 95 anos a serem colocados como limites à propriedade intelectual artística.

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Eles [a Disney] tiveram o prazo do Mickey prolongado com sucesso, mas duvido que consigam novas extensões”, contou Daniel Mayeda, que considera este o “fim da linha” dos direitos do ‘filho’ de Walt Disney.

Para Daniel Mayeda, é importante que os novos artistas que recriem os personagens não “passem a linha” em relação às novas histórias. Alguns aspetos de um personagem que o público reconheça como parte da marca criada pela Disney não podem ser utilizados, mesmo após os 95 anos de controlo.

Disney And Mickey

Walt Dinsey com a personagem criada por si, Rato Mickey

Getty Images

Os direitos de autor são limitados no tempo, as imagens registadas não”, afirmou o diretor associado do Departamento Jurídico de Filmes. “A Disney pode ter uma imagem registada virtualmente de forma perpétua, desde que continuem a utilizar várias coisas registadas, como palavras, frases ou personagens.”

Esta não será a primeira vez que uma figura icónica da Disney passa para domínio público. Em janeiro deste ano, num ‘adeus’ a Christopher Robin, Winnie the Pooh passou a ser propriedade do público, assim como a maior parte dos personagens das suas histórias — o Tigrão, contudo, não saltará para fora da Disney durante mais um ano, uma vez que apenas apareceu pela primeira vez em 1929. Apenas a versão de 1926 do Winnie The Pooh deixou de ser propriedade intelectual privada, embora a sua típica camisola vermelha permaneça uma marca registada.

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