O Supremo Tribunal britânico rejeitou esta terça-feira o último recurso possível dos pais de Archie Battersbee, a criança de 12 anos que se encontra em morte cerebral e cujos familiares têm recusado desligar o suporte de vida para lhe dar mais tempo para uma possível recuperação.
Segundo o The Guardian, com esta decisão negativa do Supremo, a família esgotou todas as vias legais para contestar e as máquinas podem ser desligadas a partir desta terça-feira à tarde.
Mais cedo, outro tribunal britânico tinha aceitado outro recurso dos pais de Archie Battersbee, que chegara poucos minutos antes da hora marcada pela equipa médica para começar a retirar as máquinas que mantêm a criança viva.
A informação, avançada pelos media britânicos, acrescentava que o Supremo Tribunal iria tratar o pedido “como urgência”, o que explica que a decisão tenha sido tomada poucas horas depois.
Os advogados dos pais de Archie tinham conseguido que o suporte de vida continuasse ligado após terem recorrido à Justiça internacional, nomeadamente ao Comité das Nações Unidas no âmbito dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que escreveu uma carta a apelar ao Royal London Hospital — onde a criança de 12 anos se encontra — que as máquinas não fossem desligadas.
Este foi o terceiro e último recurso que os pais entregaram ao Supremo Tribunal, que já se tinha pronunciado duas vezes sobre o caso — ordenando em ambas, tal como agora, que as máquinas fossem desligadas.
Atualizada às 17h14 com a decisão do Supremo Tribunal
