O Ministério da Saúde espanhol comunicou esta quinta-feira os primeiros casos de morte por hepatite aguda infantil. O ABC avança que as vítimas são uma criança de seis anos e um bebé de 15 meses cujos organismos rejeitaram um transplante ao fígado.

Segundo um relatório do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias (CCAES), foram detetados 46 casos de hepatite aguda em Espanha até dia 3 de agosto, em que não foi identificada a presença dos vírus responsáveis pelas hepatites A, B, D, C e E.

No documento, é referido que a evolução clínica dos doentes tem sido favorável em todos os casos à exceção de três, em que foi necessária a realização de um transplante de fígado. Em dois casos, as operações decorreram em situações críticas e as crianças faleceram 24 horas depois.

Um dos casos diz respeito a uma criança de seis anos cujos primeiros sintomas começaram a 2 de julho. A 18 de julho teve de ser admitida num hospital de Madrid em situação grave, onde acabou por receber um transplante, mas morreu um dia depois.

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A 3 de agosto um outro caso foi incluído para investigação. Um bebé de 15 meses foi admitido em situação crítica no hospital, no final de junho, com gastroenterite aguda, tendo testado positivo para um adenovírus — categoria de vírus facilmente transmissíveis entre pessoas através do contacto com superfícies contaminadas e através do sistema respiratório. Também foi necessário realizar um transplante de fígado urgente e o bebé morreu em 24 horas.

Os primeiros casos de hepatite com origem desconhecida surgiram em Espanha a 14 de abril, numa altura em que já se verificavam casos registados no Reino Unido.

Casos agudos de hepatite com origem desconhecida investigados no Reino Unido e em Espanha