O Ministério Público está a investigar a realização de uma festa privada em Monsanto — a “Deejay Kamala 360” — que aconteceu a 20 de julho, em pleno período crítico de incêndios. Ao Observador, a Procuradoria-Geral da República confirma a “instauração de inquérito com base em denúncias recebidas”.

Sem detalhar que crimes estão a ser investigados ou se já existem arguidos constituídos, a PGR informa que o inquérito está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Na segunda-feira foi tornada pública uma queixa anónima de alguém que se identifica como “trabalhador do município de Lisboa” que foi encaminhada também pelos gabinetes dos vereadores do Partido Socialista, Livre e Bloco de Esquerda para o DIAP.

PS e Livre encaminham para o Ministério Público queixa sobre Ângelo Pereira por ter autorizado festa em Monsanto

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Na queixa, a que o Observador teve acesso, o funcionário visava especificamente o vereador Ângelo Pereira  Ângelo Pereira pelo “crime de abuso de poderes” por ter autorizado a realização de uma festa em Monsanto durante o período em que esteve ativado o estado de alerta que proibia a realização de eventos nas zonas florestais devido ao elevado risco de incêndio.

Câmara de Lisboa desmente exceção para festa de DJ Kamala durante o período de alerta devido ao risco de incêndio

O funcionário da autarquia que fez a queixa considera que “dúvidas não restam da situação de manifesta ilegalidade, em contravenção com o comunicado pela própria Câmara Municipal de Lisboa, em que foi proferida a autorização para realização daquele evento”, abrindo a brecha de que poderão “existir outros”, nas mesmas condições.