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A Rússia admitiu que as explosões ocorridas esta terça-feira num depósito de munições do seu exército na península ucraniana da Crimeia, que anexou em 2014, foram um ato de sabotagem.
Na manhã de 16 de agosto, um armazém militar na cidade de Dzhankoy, a capital do distrito com o mesmo nome, foi danificado em resultado de sabotagem”, disse o Ministério da Defesa numa declaração citada pela agência russa TASS.
As explosões no armazém danificaram várias instalações civis, incluindo uma linha de alta tensão, subestações elétricas, a linha ferroviária e várias casas, de acordo com o comando russo.
“Não há feridos graves. Estão a ser tomadas as medidas necessárias para remediar as consequências da sabotagem”, acrescentou o Ministério da Defesa, segundo a agência espanhola EFE.
O ministério não identificou os responsáveis pela sabotagem.
Num comunicado anterior, as autoridades russas disseram que o incidente ocorreu às 06h15 locais (04h15 em Lisboa).
Segundo o governador da Crimeia, Sergei Aksionov, que visitou o local, dois civis ficaram feridos e as autoridades evacuaram uma aldeia próxima por precaução.
Dzhankoy localiza-se a cerca de 90 quilómetros a norte de Simferopol, a capital da autoproclamada República da Crimeia, e próximo da Ucrânia.
O chefe da administração presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, saudou a ocorrência das explosões na Crimeia e prometeu a “completa libertação dos territórios ucranianos”, numa declaração na rede social Telegram, citada pela agência francesa AFP.
Também o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak se referiu ao incidente, escrevendo na rede social Twitter que “a manhã, perto de Dzhankoy, começou com explosões”.
A Crimeia do país normal é sobre o Mar Negro, montanhas, recreação e turismo, mas a Crimeia ocupada por russos é sobre explosões de depósitos de munições e um alto risco de morte para invasores e ladrões”, acrescentou o conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky.
Este incidente surge uma semana após uma explosão de munições destinadas à aviação militar russa num depósito localizado no aeródromo militar de Saki, na Crimeia ocidental.
Estas explosões mataram uma pessoa e feriram outras.