O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pronunciou-se sobre as explosões registadas em várias zonas da Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014. Enquanto assume que os incidentes possam ter diferentes motivos, sublinha que têm apenas um significado: a destruição das infraestruturas e equipamentos militares “salva as vidas” da população.

“Quantas menos oportunidades os ocupantes tiverem para fazer o mal e matar ucranianos, mais cedo poderemos pôr fim a esta guerra, libertando as nossas terras”, afirmou no discurso diário.

Segundo Zelensky, a fila de carros que se gerou para deixar a Crimeia “prova que a maioria absoluta dos cidadãos do Estado terrorista já compreendem ou pelo menos sentem que a Crimeia não é um lugar para eles“. A Sky News noticiou que após os ataques na Crimeia foi registado um “número recorde” de carros a passar a ponte que une a península à Rússia.

Na sequência destes casos, o chefe de Estado ucraniano pediu aos ucranianos que residem na Crimeia para que tomem cuidado e evitem aproximar-se das áreas militares russas. Esta terça-feira, verificaram-se várias explosões na região, incluindo num depósito de munições em Dzhankoi. A Rússia aponta que por trás dos casos estão “atos de sabotagem”. Kiev não assumiu responsabilidades de forma clara, mas, ao New York Times, um dirigente ucraniano, que não quis revelar a identidade, assegurou que o ataque foi levado a cabo por uma unidade militar de elite da Ucrânia. Já o conselheiro do Presidente ucraniano, Mykhailo Podolyak, escreveu na sua conta pessoal do Twitter que está uma “desmilitarização em curso” na Crimeia.

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Rússia admite ato de sabotagem em explosões na Crimeia

Na comunicação habitual, o líder ucraniano adiantou que esteve à conversa com o Presidente da Zâmbia, a “primeira vez” na história das relações bilaterais entre os dois países. Também recebeu Ban Ki-moon, oitavo secretário-geral das Nações Unidas, e Juan Manuel Santos, ex-Presidente da Colômbia, que estiveram na Ucrânia.

O dia ficou ainda marcado por uma conversa telefónica com o homólogo francês, Emmanuel Macron, na qual foi discutida a situação da central nuclear de Zaporíjia.

Macron apela para retirada das forças russas da central de Zaporijia

Emmanuel Macron apelou para a retirada das forças russas da central nuclear de Zaporíjia e expressou o seu apoio em enviar uma missão da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) para o local “o mais rapidamente possível”.