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A Alemanha recebeu um total de 967.546 refugiados da Ucrânia, desde o início da invasão russa em finais de fevereiro, avançou esta terça-feira o Ministério do Interior alemão num comunicado.
De acordo com os dados do Registo Central de Estrangeiros, cerca de 36% dos mais de 967 mil refugiados, oriundos da Ucrânia e deslocados na Alemanha, são crianças e adolescentes, sendo que a maioria frequenta o ensino primário.
Entre os adultos, cerca de 74% são mulheres e apenas 8% são pessoas com mais de 64 anos de idade.
A maioria dos migrantes é de nacionalidade ucraniana e estima-se que um número considerável dos refugiados registados na Alemanha tenha já viajado para outros países da União Europeia (UE) ou regressado à Ucrânia, pelo que o total de refugiados inclui pessoas que receberam abrigo temporário na Alemanha e as que ainda permanecem neste país.
Segundo as autoridades alemãs, entram cerca de 700 pessoas vindas da Ucrânia todos os dias na Alemanha.
A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, agradeceu a todos aqueles que, a nível federal, regional e local, ajudaram os refugiados da Ucrânia e às várias iniciativas civis demonstrativas de um “enorme esforço humanitário” e uma “grande solidariedade”.
Na Europa, estamos a viver o maior movimento de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Nesta situação dramática, conseguimos o que nunca antes se tinha conseguido na Europa: o acolhimento conjunto, rápido e desburocratizado dos refugiados. Juntos, salvámos muitas vidas”, sublinhou a ministra.
Faeser assegurou que a Alemanha continua disponível em proporcionar a “esperança, apoio e perspetivas” aos refugiados, para os quais foram alargados os cursos de integração e unificados os processos de inserção social e de atribuição de apoios familiares.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos —, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.