A 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD arranca esta segunda-feira e prolonga-se até domingo, em Castelo de Vide (Portalegre), numa iniciativa tradicional de “rentrée” dos sociais-democratas que não se realizou em 2020 e 2021 devido à pandemia.

A antiga líder centrista Assunção Cristas, o antigo presidente social-democrata Marques Mendes, e o socialista Francisco Assis são alguns dos oradores da edição deste ano que, como habitualmente, será encerrada no domingo pelo presidente do PSD, Luís Montenegro.

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A sessão de abertura conta hoje, a partir das 18h00, com intervenções do diretor da Universidade de Verão, o antigo eurodeputado Carlos Coelho, do presidente da JSD Alexandre Poço, do eurodeputado José Manuel Fernandes e do secretário-geral social-democrata Hugo Soares.

A iniciativa de formação política de jovens terá os pontos mais mediáticos nos jantares-conferência: na terça-feira, a oradora será a antiga presidente do CDS-PP Assunção Cristas, no dia seguinte o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, na quinta-feira o socialista e presidente do Conselho Económico e Social Francisco Assis, na sexta-feira o presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas e no sábado a conselheira de Estado e presidente da Fundação Champalimaud Leonor Beleza.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também terá uma participação à distância na iniciativa, respondendo, por vídeo, a 30 perguntas de 30 participantes, depois de em 2018 ter feito o mesmo, mas por escrito.

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Entre os convidados desta edição, contam-se ainda três vice-presidentes do PSD: o eurodeputado Paulo Rangel, que é presença habitual na iniciativa e falará sobre temas europeus, e as “vices” Margarida Balseiro Lopes e Inês Palma Ramalho.

Esta última participará num painel com o antigo ministro Miguel Poiares Maduro com o tema “Portugal: Novas Desigualdades”.

Entre os “professores” ao longo da semana em Castelo de Vide, contam-se o ex-secretário de Estado José Eduardo Martins, a antiga secretária de Estado e diretora do Escritório de Genebra do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) Mónica Ferro, o economista Luís Filipe Reis, a professora universitária Raquel Vaz Pinto ou o comentador político Sebastião Bugalho.

O encerramento da Universidade de Verão está marcado para domingo às 12h00, contando com intervenções de Alexandre Poço, Carlos Coelho e Luís Montenegro.

Nesta edição, participarão uma centena de jovens (escolhidos entre quase 300 candidatos), com aulas sobre economia, ciência política, saúde, comunicação ou relações internacionais, num grupo que deverá ser “o mais jovem desde sempre porque há muitos candidatos na ordem dos 20 anos”, segundo Carlos Coelho.

Este será o segundo momento alto do PSD neste verão, depois de Luís Montenegro ter recuperado a tradicional Festa do Pontal, a meio de agosto, em Quarteira, e na qual compareceu o antigo líder do partido Pedro Passos Coelho.

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Nessa ocasião, o presidente do PSD, eleito em 28 de maio deste ano, anunciou que o partido vai entregar no parlamento, no reinício dos trabalhos, em setembro, uma proposta de programa de emergência social para o período de setembro a dezembro, no valor global de mil milhões de euros de ajuda aos mais necessitados.

O programa integra cinco eixos — “medidas transitórias para quatro meses e asseguradas por aquilo que é o excedente dos impostos que o Governo vai arrecadar este ano” e que passam pela atribuição de vales alimentares a todos os pensionistas e reformados com pensões até 1.097 euros e a todos aqueles que estão na vida ativa e que têm um rendimento inferior a 1.100 euros.

A redução do IRS nos quarto, quinto e sexto escalões, a atribuição de mais dez euros adicionais a todas as crianças e jovens que recebem abono de família e linhas de apoio às instituições particulares de solidariedade social e às pequenas e médias empresas completam as propostas anunciadas.