Paulo Portas não tem dúvidas: “A burocracia do Ministério das Finanças foi adiando o mais que podia a tomada de quaisquer decisões”, lamentou o antigo líder do CDS, referindo-se àquilo que considera ter sido uma ausência demasiado prolongada de respostas à crise inflacionista.

No seu habitual espaço de comentário, na TVI, o democrata-cristão classificou a intervenção do Governo, que esta segunda-feira vai apresentar o pacote de emergência social prometido por António Costa, como “tardia” considerando que os sinais de agravamento da economia mundial já se acumulavam há vários meses.

Posto isto, o antigo vice-primeiro-ministro deixou um recado à navegação socialista: “Acho com toda a franqueza o primeiro-ministro devia falar ao país com realismo e com verdade”.

“Houve três coisas que mudaram: mudou a inflação, mudaram as taxas de juro e mudaram as dívidas, das famílias, das empresas e dos Estados. Não há sinais de que as coisas vão melhorar”, advertiu Portas.

“Faz falta dizer às pessoas que o ano de 2023 vai ser mais difícil. Vamos ter muito menos crescimento, muito menos receita, muito mais despesa. E a probabilidade de o défice de disparar é séria”, rematou.

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