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Espanha, França, Hungria, Polónia e Portugal. Os partidos de direita radical em toda a Europa celebraram, este domingo, os resultados das projeções que dão a vitória à coligação de direita nas eleições gerais italianas, antecipando uma “mudança” nas políticas europeias.
Num comunicado enviado às redações, o Chega saudou a “direita italiana pelos resultados obtidos”, congratulando-se “especialmente com a votação obtida pelos seus congéneres europeus, liderados por Giorgia Meloni e Matteo Salvini”. O partido de André Ventura antevê que, após estas eleições, haverá uma “verdadeira mudança de políticas”, esperando que os líderes dos Irmãos de Itália e da Liga Norte consigam “rapidamente formar governo e dar aos italianos uma solução governativa forte, estável e capaz de enfrentar os tempos duros que se avizinham”.
O Chega vaticina que haverá uma “reconfiguração política da Europa”. “Depois da Suécia, é agora a vez de a Itália dar mais um sinal claro de que o continente europeu está em profunda mudança”, assinala o partido, acreditando que “os eleitores confiam cada vez mais nos partidos que defendem, sem reservas, a soberania dos povos, as suas tradições e valores civilizacionais”.
Portugal não será exceção, preconiza o Chega. O partido está “seguro” de que os “ventos de mudança irão chegar a Portugal”. “Os portugueses terão direito a virar a página e a eleger quem seja capaz de defender os seus interesses.”
Já o líder do partido de extrema-direita espanhol VOX, Santiago Abascal, escreveu, na sua conta pessoal do Twitter, que “Giorgia Meloni mostrou o caminho para uma Europa orgulhosa, livre e de nações soberanas, capazes de cooperar pela segurança e prosperidade de todos”. Além disso, sinalizou que “milhões de europeus” depositam agora as suas esperanças em Itália.
Em França, a Frente Nacional também reagiu aos resultados. Pela voz de Jordan Bardella, eurodeputado e um dos braços direitos de Marine Le Pen, o partido sublinhou, no Twitter, que os “italianos deram uma lição de humildade à União Europeia”. Lembrando que Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, tentou “ditar o voto” dos italianos, o responsável político vincou que “nenhuma ameaça pode parar a democracia”.
Por sua vez, o diretor político do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e deputado pelo Fidesz, Balázs Orbán, saudou a vitória da coligação de direita nas eleições italianas. Na sua conta pessoal do Twitter, escreveu que “nestes tempos difíceis precisa-se mais do que nunca de amigos que partilhem uma visão comum e a mesma abordagem em resposta aos desafios da Europa”. “Longa vida à amizade italiana e húngara”, exaltou, sendo que a publicação é acompanhada por fotografias de Viktor Orbán com Giorgia Meloni, Matteo Salvini e Silvio Berlusconi.
Também o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, congratulou, no Twitter, Giorgia Meloni pelo resultado obtido nas eleições.