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“A vitória será nossa”, garantiu o Presidente Vladimir Putin ao povo russo durante um discurso na Praça Vermelha, em Moscovo. Um dia “histórico”, de “justiça e verdade”, foram as palavras dirigidas à multidão após na tarde desta sexta-feira ter anunciado a anexação de quatro regiões ucranianas.

Ficamos mais fortes porque juntos somos mais fortes. Temos a verdade e a verdade significa poder. A vitória será nossa”, disse Putin.

A Rússia celebrou com um comício e concertos a integração de Zaporíjia, Kherson, Lugansk e Donetsk – cerca de 15% do território da Ucrânia – à Federação Russa. Esta é a maior anexação de território europeu pela força desde a Segunda Guerra Mundial. Nas festividades, que contaram com a presença dos quatro líderes pró-russos dessas regiões, a música e as cores branca, azul e vermelha da bandeira nacional encheram a praça.

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Durante o discurso, o líder russo dirigiu-se em particular aos cidadãos das regiões anexadas: “Bem-vindos a casa”. E continuou: “A Rússia não está apenas a abrir as portas para a nossa casa. A Rússia está a abrir o seu próprio coração”.

Vladimir Putin disse ainda que vai subir o nível de alerta nas quatro regiões. “Queridos amigos, vamos fazer tudo para apoiar os nossos irmãos e irmãs em Zaporíjia, Kherson e em Donetsk e Lugansk”, sublinhou Vladimir Putin. Garantiu que serão tomadas medidas para restaurar a economia e as infraestruturas nessas regiões, com a construção de escolas, novas instituições e hospitais.

Amplamente criticados pela comunidade internacional, foram vários os países a anunciar que não vão reconhecer a legitimidade da anexação. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou críticas ao ato “ilegal”, sublinhando que os territórios serão sempre parte da Ucrânia”. A mesma posição foi assumida pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que considera que este passo, juntamente com a ameaça nuclear, representaram a escalada mais séria desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Em resposta às ações de Putin, o Reino Unido e os Estados Unidos já anunciaram mais sanções à Rússia.