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Os homens recrutados nas prisões russas para a guerra na Ucrânia estão a abandonar as suas posições e tentar regressar à Rússia, de acordo com o Estado-maior da Ucrânia.

“Substituir as perdas de unidades das forças russas de ocupação à custa de prisioneiros provocou problemas adicionais ao comando [militar]”, pode ler-se numa atualização sobre o conflito publicada a 19 de outubro na página de Facebook. Segundo a Ucrânia, os militares russos estão a abandonar as suas unidades em “busca de uma oportunidade de retornar ao território da Federação Russa”.

As autoridades ucranianas referem que, após a destruição de uma depósito de munições na região de Kherson (no dia 17 de outubro), alguns dos soldados que estavam no local ficaram feridos e os outros fugiram.

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A Rússia tem sido acusada de recrutar cidadãos nas próprias prisões para reforçar as unidades militares em território ucraniano. Recentemente foram divulgadas imagens do fundador do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, a falar a grupos de detidos para os convencer a lutar na Ucrânia.

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No final de setembro, o Presidente russo anunciou a mobilização parcial, convocando 300 mil cidadãos para combater na Ucrânia. Na sequência da medida, a câmara baixa do Parlamento russo aprovou legislação que agrava a punição de soldados que não cumprirem ordens ou os deveres, num esforço para aumentar a disciplina entre os militares que estão a combater.

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De acordo com a nova legislação, abandonar uma unidade militar durante um período de mobilização ou lei marcial é punível com penas até 10 anos de prisão, em comparação com os cinco anos que a lei indicava.

Todos aqueles que se renderem ao inimigo também enfrentarão uma pena de prisão de até 10 anos e os condenados por roubos poderão ser condenados a 15 anos de cadeia.

Uma outra emenda introduz uma pena de prisão de até 10 anos para quem se recusar a combater ou a seguir ordens de oficiais.