Siga aqui o liveblog sobre a guerra

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, considerou esta quinta-feira positiva a decisão anunciada pela Rússia sobre a retirada da região ucraniana de Kherson, na margem direita do rio Dnipro.

O nosso trabalho de mediação continua. Não é possível dizer quando isto vai terminar (a guerra). A decisão da Rússia sobre Kherson é positiva e importante”, disse Erdogan aos jornalistas em Ancara antes de partir para a uma cimeira no Uzbequistão.

Saída de Kherson: as seis frases trocadas entre o general Surovikin e o ministro da Defesa russo

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A declaração do chefe de Estado turco ocorre depois de Moscovo ter ordenado, na quarta-feira, a retirada das tropas que se encontravam na margem direita do rio Dnipro.

O anúncio ainda está a ser verificado pelas autoridades de Kiev.

“Os nossos esforços de mediação continuam, mas não podemos falar de uma data concreta de quando pode começar uma negociação”, entre Moscovo e Kiev, acrescentou Erdogan.

“A nossa esperança é esta: fazermos a transição de um mundo dominado pela guerra para um mundo dominado pela paz”, concluiu.

A Turquia, país membro da NATO, mantém boas relações com Moscovo e com Kiev e cumpre o tratado internacional que regula a navegação pelo Estreito dos Dardanelos e o Bósforo: o ponto que faz a ligação entre o Mediterrâneo e o Mar Negro.

A mediação de Ancara foi importante para o acordo sobre exportação de cereais dos portos ucranianos, o que permitiu a saída de dez milhões de grão.

Erdogan. Acordo com Putin para entrega gratuita de cereais em África

Apesar de a Turquia ter defendido a integridade territorial da Ucrânia e o fim da ocupação russa, não aplicou nem impôs sanções contra Moscovo.

Ancara, apesar da guerra, continuou a vender material militar à Ucrânia e firmou pactos com a Rússia no setor da energia.