O Republicano Kevin McCarthy foi esta terça-feira indicado para ser o líder do seu partido na Câmara dos Representantes, o que abre caminho para que assuma o comando estratégico da câmara baixa do Congresso norte-americano em janeiro.
O político de 57 anos, que ocupa altos cargos na Câmara dos Representantes desde 2014, disputou o lugar com Andy Biggs, membro de um poderoso grupo ultraconservador, o Freedom Caucus. A votação secreta dos Republicanos resultou em 188 votos para McCarthy e 31 para Andy Biggs.
Kevin McCarthy precisa agora de vencer uma votação no plenário, prevista para 3 de janeiro, quando os 435 novos congressistas eleitos para a Câmara dos Representantes – republicanos e democratas -, irão eleger o líder da câmara, designado como ‘speaker’.
O líder da Câmara dos Representantes — cargo atualmente ocupado pela Democrata Nancy Pelosi — é a terceira figura mais importante da política norte-americana depois do Presidente e do vice-presidente.
Para se tornar formalmente presidente da Câmara no novo Congresso, que toma posse em janeiro, McCarthy precisará obter pelo menos 218 votos em plenário. Essa votação promete ser muito disputada, uma vez que os Republicanos deverão ter apenas uma ínfima maioria na Câmara dos Representantes, num momento em que a contagem dos votos das eleições intercalares ainda está em curso.
Contra si Kevin McCarthy tem o fraco desempenho dos Republicanos nesta eleição, uma vez que não se verificou a chamada “onda vermelha” (cor dos Republicanos) prevista pelos conservadores.
Contudo, a seu favor, o político tem o facto de ser um aliado do ex-Presidente Donald Trump, ganhando assim crédito junto de alguns membros da ala mais extremista dentro do Partido Republicano.
Normalmente, o candidato escolhido pelo partido que detém a maioria ganha esta votação na Câmara dos Representantes, mas não é garantido.
Se os oponentes republicanos de McCarthy se unirem e não votarem a seu favor, poderá ficar aquém dos 218 votos necessários.
Os Republicanos ainda não venceram oficialmente a maioria da Câmara dos Representantes, mas falta apenas um assento para garantir a liderança.