O músico norte-americano, Jon Batiste, será a principal atração do primeiro jantar de Estado de Joe Biden como presidente dos EUA, que terá como convidado o presidente francês, Emmanuel Macron, conta o The Washington Post. O presidente dos EUA ainda não tinha feito nenhum jantar deste género — um evento formal, que tem por objetivo reforçar os laços diplomáticos — devido à pandemia. E mesmo o antecessor, Donald Trump, só fez dois: também com Macron e com o então primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.

O presidente francês e a mulher, Brigitte, terão assim direito a uma serenata de Jon Batiste, num luxuoso jantar, seguido de dança, que se realiza no dia 1 de dezembro, na Casa Branca. O músico de Nova Orleães, de jazz e R&B, é codiretor do Museu de Jazz Americano e atuou com figuras como Prince, Stevie Wonder e Lenny Kravitz.

As relações entre França e Estados Unidos, antigos aliados e ambos países da NATO, atravessaram uma crise diplomática depois da Austrália ter optado por comprar submarinos nucleares dos EUA para reforçar a sua frota, rasgando um contrato de 56 mil milhões de euros (que tinha a duração de 50 anos) com a França para compra de submarinos. A questão terá ficado resolvida com uma indemnização da Austrália à França, mas as relações entre Paris e Washington tiveram momentos tremidos.

Macron e Biden tentam agora reforçar esses laços com este jantar que, além de simbólico, tem um peso formal. O jantar de Estado é um evento oferecido pelo presidente dos EUA na Casa Branca a outro chefe de Estado, chefe de Governo ou até outros convidados. Normalmente, o jantar está incluído numa vista de Estado oficial e pretende celebrar as boas relações entre os EUA e o país do convidado. São também habituais pequenos discursos, além de um particular dress code.

Há um histórico longo de jantares de Estado na Casa Branca. Se Donald Trump só fez dois, há também o caso de Ronald Reagan, que fez 54, um deles em que recebeu o então Presidente da República António Ramalho Eanes, para celebrar as boas relações diplomáticas entre os dois países. Em 1985, Reagan retribuiria a visita e chegou a discursar na Assembleia da República a 8 de maio.

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