Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

stock de armas nos Estados Unidos está a escassear. A guerra na Ucrânia, conjugada com o aumento das preocupações sobre segurança em vários países europeus e do sudeste asiático, está a levar Washington a reforçar o acesso a armamento. E, para ajudar Kiev a vencer o conflito contra a Rússia, o Pentágono está a ponderar comprar bombas de alta precisão feitas pela fabricante de aviões Boeing e pela marca sueca SAAB, avança esta segunda-feira a agência Reuters.

A Boeing e a SABB produzem a bomba de pequeno diâmetro lançada desde o solo (GLSDB, sigla em inglês), que poderá ser enviada para a Ucrânia e para outros países da NATO no leste europeu. A concretizar-se a encomenda, estas bombas chegarão à Europa na próxima primavera, juntamente com o foguete M26.

Estas bombas, que são guiadas por GPS e podem ser usadas para destruir veículos blindados, deverão ser bastante úteis para Kiev, de modo a quebrar as linhas de defesa russas. Com um alcance que chega aos 150 quilómetros, isso permitirá à Ucrânia atingir alvos militares a média distância. E com uma vantagem: são armas relativamente baratas, cerca de 40 mil dólares por unidade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“É ter qualidade a um preço barato”, comentou Tom Karako, especialista na área da defesa do Centro Estratégico de Estudos Internacionais à Reuters, acrescentando que estas bombas produzidas pela Boeing e pela SAAB permitirão aumentar o stock de armas norte-americanas.

Ainda assim, a compra pelo Pentágono da GLSDB está longe de estar fechada, uma vez que existem vários obstáculos logísticos. Em primeiro lugar, a Boeing exige não ter passar por um concurso público, o que obriga o Pentágono a realizar uma análise aprofundada do mercado para garantir que o governo dos EUA obtém o melhor negócio possível. Por sua vez, a fabricante de aviões tem de assegurar que consegue produzir as bombas de pelo menos seis fornecedores.

À Reuters, a Boeing recusou prestar declarações sobre o assunto. Já o Pentágono, pelo porta-voz Tim Gordam, apenas indicou que os Estados Unidos e os aliados almejam “identificar e avaliar” quais são “os sistemas mais apropriados” para ajudar Kiev.