O Papa visitará a República Democrática do Congo (RDCongo) e o Sudão do Sul entre 31 de janeiro e 05 de fevereiro de 2023, uma viagem inicialmente planeada para o verão passado, anunciou esta quinta-feira o Vaticano.
Francisco visitará Kinshasa de 31 de janeiro a 03 de fevereiro de 2023, depois irá a Juba entre 03 e 05 de fevereiro, informou o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, num comunicado à imprensa.
Esta viagem, inicialmente marcada para julho, foi adiada pelo Vaticano devido a problemas de saúde do Papa, que completará 86 anos em dezembro, nomeadamente dores no joelho.
Entretanto, informações divulgadas pela imprensa relataram riscos de segurança do Papa, especialmente em Goma.
Ao contrário do programa inicial, esta visita já não inclui escala em Goma, principal cidade da província de Kivu do Norte, no leste da RDCongo, palco há mais de 25 anos de violência por grupos armados.
Nestes dois países, regularmente abalados pela violência, a segurança do Papa promete ser um grande desafio para o seu serviço de proteção e para os organizadores.
Desde a sua indicação em 2013, Francisco viajou quatro vezes para África, nomeadamente para o Quénia, Uganda e República Centro-Africana, Egito e Marrocos. A sua última viagem para África data de setembro de 2019, altura em que passou por Moçambique, Madagáscar e depois pelas Ilhas Maurícias.
A RDCongo, país com cerca de 90 milhões de habitantes, terá 40% de católicos, 35% de protestantes e pentecostais, 9% de muçulmanos e 10% de kimbanguistas (igreja cristã nascida no Congo), segundo estimativas.
O país é um Estado laico, mas a religião está omnipresente no quotidiano dos congoleses. A Igreja Católica, em particular, já desempenhou um papel de liderança na política da RDCongo.
A última visita de um Papa a Kinshasa data de agosto de 1985, quando João Paulo II passou dois dias neste país que, então, se chamava Zaire.
Esta será a 40ª visita internacional do Papa Francisco desde a sua indicação ao papado em 2013 e a primeira de 2023.