A Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira (Frontex) confirmou num relatório esta segunda-feira publicado que a fronteira da União Europeia (UE) nos Balcãs Ocidentais registou o maior aumento de migrações ilegais desde 2015.

A Frontex diz que houve 14.105 detenções de pessoas que tentaram entrar na UE sem autorização em novembro deste ano, um número duas vezes superior ao de novembro do ano passado.

Desde o início do ano até ao final de outubro, a agência sediada em Varsóvia detetou 281.000 tentativas de entrada irregular nas fronteiras da União, de acordo com estimativas preliminares, o que é mais 77% do que no mesmo período em 2021 e o número total mais elevado desde 2016.

Tal como nos seus relatórios dos últimos meses, a Frontex mostra dados que apontam para os Balcãs Ocidentais, com um aumento de 168% e 128.438 intervenções no total, como a região mais ativa para a migração ilegal.

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Outras áreas onde os fluxos migratórios para a UE aumentaram foram o Mediterrâneo Oriental, onde houve 35.343 tentativas de entrada ilegal, mais 122% do que no ano passado, e o Mediterrâneo Central, com 85.140 casos, mais 59% do que em 2022.

Tanto o Mediterrâneo Ocidental, a costa da África Ocidental e a fronteira terrestre dos países bálticos como a Polónia assistiram a uma diminuição do número de detenções por agentes da Frontex, com pouco mais de 30.000 intervenções no total e cerca de 25% menos casos.

Por outro lado, na Bulgária e na Estónia, os agentes da Frontex trabalharam em cooperação com as missões de controlo dos Direitos Fundamentais que, segundo a Agência Europeia, não detetaram quaisquer irregularidades.

Além disso, a Frontex informa ter duplicado o número de funcionários dedicados à implementação do sistema ETIAS, que dentro de um ano se tornará o procedimento automatizado de controlo de entrada na UE para cidadãos de mais de 60 países terceiros que terão de utilizar este meio para se candidatarem à entrada em 30 países europeus.