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Do "segredo" à segurança máxima. Antes de regressar a Kiev, Zelensky fez uma paragem na Polónia para um "encontro de amigos"

Este artigo tem mais de 1 ano

No regresso de Washington, Zelensky passou pela Polónia e encontrou-se com o Presidente Andrzej Duda. Líderes falaram sobre relações bilaterais e também sobre o polémico míssil que caiu em Przewodów.

"A caminho de casa, tive um encontro com um amigo da Ucrânia — o Presidente da Polónia Andrzej Duda", anunciou o Presidente ucraniano nas redes sociais
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"A caminho de casa, tive um encontro com um amigo da Ucrânia — o Presidente da Polónia Andrzej Duda", anunciou o Presidente ucraniano nas redes sociais

Twitter/Kancelaria Prezydenta

"A caminho de casa, tive um encontro com um amigo da Ucrânia — o Presidente da Polónia Andrzej Duda", anunciou o Presidente ucraniano nas redes sociais

Twitter/Kancelaria Prezydenta

Volodymyr Zelensky passou menos de 24 horas em Washington. Com uma agenda preenchida, o Presidente ucraniano visitou o homólogo norte-americano na Casa Branca e discursou no Congresso. Esta quinta-feira já estava a caminho de Kiev, mas na viagem de regresso à Ucrânia fez uma paragem num dos países que mais tem demonstrado solidariedade com a Ucrânia e que mais tem acolhido refugiados vindos do país: a Polónia. A operação foi mantida em segredo e a visita do chefe de Estado ucraniano foi apenas divulgada esta quinta-feira.

“A caminho de casa, tive um encontro com um amigo da Ucrânia — o Presidente da Polónia Andrzej Duda”, anunciou o Presidente ucraniano nas redes sociais por volta das 15h30 (14h30 em Lisboa), três horas depois de ter aterrado no aeroporto de Rzeszów, no sudeste da Polónia. “Fizemos um resumo do ano, este que nos trouxe desafios históricos devido à guerra. Também discutimos os planos estratégicos para o futuro, as relações bilaterais e as interações a nível internacional em 2023”, detalhou Volodymyr Zelensky.

Todos os planos da viagem com passagem pela Polónia, para o regresso da visita a Washington — e depois de já ali ter embarcado no avião da Força Aérea norte-americana que o levaria aos EUA —, foram mantidos em segredo. O chefe de gabinete da presidência polaca na área da política internacional, Jakub Kumoch, insistiu que tudo teve de ser feito com o maior secretismo. “Sabíamos de tudo isto há algum tempo”, salientou o responsável, em entrevista à tvn24, admitindo que Varsóvia “esteve envolvida e foi sendo constantemente informada sobre a ida de Zelensky da Ucrânia para os Estados Unidos desde o início”. Aliás, antes de viajar até à capital norte-americana, o chefe de Estado ucraniano viajou desde Kiev de comboio até à localidade de Przemysl, já em território polaco.

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“Por razões óbvias, mantivemos tudo isto em segredo e não revelámos nada”, adiantou Jakub Kumoch, justificando a importância do sigilo. Para a presidência polaca, Volodymyr Zelenksy é considerado o “mais importante parceiro regional no momento” e é também um “amigo pessoal” de Andrzej Duda. “A segurança dele é extremamente importante para nós.”

Deste modo, antes de reunir-se com o seu homólogo polaco, Volodymyr Zelensky aterrou no aeroporto de Rzeszów, a cerca de 14 quilómetros da fronteira ucraniana. A escolha não foi um acaso, uma vez que a infraestrutura é protegida por um grande contingente militar norte-americano, para além de ser simbólico, já que é uma cidade de trânsito por onde passa grande parte da ajuda do Ocidente destinada à Ucrânia.

Guerra na Ucrânia. O aeroporto polaco que é a chave da ajuda humanitária à Ucrânia

De acordo com o portal airlive, o Presidente da Ucrânia viajou desde Washington num Boeing C-40B, um avião que é uma espécie de Boeing 737 Next Generation usado para missões militares. Zelensku aterrou ali às 12h30 (hora em Varsóvia, menos uma hora em Portugal) e o tráfego aéreo em redor de Rzeszów teve mesmo de ser suspenso por alguns momentos.

Do míssil às questões humanitárias: “a gama de assuntos” discutidos entre Duda e Zelensky

Numa perspetiva mais política, a presidência ucraniana destacou que a reunião entre Duda e Zelensky, que durou cerca de duas horas, incluiu a discussão de uma “ampla gama de tópicos com ênfase no fortalecimento das capacidades de defesa do Estado ucraniano e questões humanitárias”. O chefe de Estado da Ucrânia agradeceu o apoio concedido pelas autoridades polacas e também dedicou uma palavra à população do país, que já acolheu mais de 3,5 milhões de refugiados oriundos da Ucrânia.

Por sua vez, Andrez Duda assinalou que discutiu com o homólogo ucraniano os “planos estratégicos para as ações e cooperação para 2023”. E também sublinhou, na sua conta pessoal do Twitter, que foi uma “excelente oportunidade para lhe desejar um Bom Natal e um Bom Ano Novo” — “para ele, para a sua família e para a Ucrânia”.

De forma menos protocolar, Jakub Kumoch admitiu que os dois líderes terão debatido um tema polémico que colocou, pela primeira desde o início da guerra, os dois países a posicionarem-se em lados opostos: a queda do míssil em Przewodów, uma localidade perto da fronteira ucraniana. Enquanto Zelensky insistiu que se tratou um ataque russo, os dirigentes de Varsóvia não confirmaram esta versão, apontando para a hipótese de um acidente resultante da ação dos sistemas de defesa  anti-aérea ucraniana.

“Estou convencido de que os Presidentes terão falado sobre isso cara a cara, porque pretendiam fazê-lo, trocando informações parte a parte. Para nós, o mais importante é esclarecer esta situação”, adiantou o responsável da presidência polaca.

Volodymyr Zelensky também deu mais detalhes das conversas que manteve com Joe Biden ao chefe de Estado polaco. “Toda a delegação ucraniana está muito otimista e está particularmente satisfeita com a entrega do sistema Patriot”, confidenciou Jakub Kumoch. O Presidente ucraniano parecia confirmar que há pormenores que ainda não são completamente conhecidos sobre a reunião com o seu homólogo dos EUA; nas redes sociais, prometeu que haverá mais informações “brevemente”.

Em breve também deverá ser tornado público se Volodymyr Zelensky fará um périplo pelos países aliados, informação que, por questões de segurança, também deverá ser mantida em secretismo.

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