A renovação de mais de 200 contratos de assistentes técnicos, auxiliares operacionais e técnicos de diagnósticos para o Hospital das Forças Armadas, no Porto e em Lisboa, foi travada pelo Governo e o próximo ano poderá começar com a redução dos serviços deste hospital por falta de trabalhadores que assegurem o funcionamento dos vários serviços.

Esta redução, “coloca em causa os cuidados de saúde e leva à transferência de doentes para o Serviço Nacional de Saúde“, explicou Miguel Guimarães ao Correio da Manhã. Os contratos que não foram agora renovados por decisão do Governo referem-se a regime de avença.

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As consequências deste impasse foram enumeradas e especificadas pela direção do Hospital das Forças Armadas, que já fez um plano de contingência para o próximo ano. A partir do dia 1 de janeiro, tanto em Lisboa como no Porto, poderão deixar de estar disponíveis 68 camas de internamento e cerca de 20 mil consultas e 200 cirurgias podem ser canceladas. Além disso, também os serviços administrativos poderão ver a sua atividade reduzida, com impacto na marcação de consultas. Uma das consequências mais expressivas será mesmo o aumento das listas de espera.

E o Diário de Notícias refere que este cenário não agrada aos militares. “Depois de tudo o que as Forças Armadas e especificamente o HFAR fizeram no apoio ao SNS durante a pandemia e que continuam ainda a fazer, recebendo doentes de outros hospitais e centenas de doentes não militares, é um grande murro no estômago”, considerou uma alta patente militar.

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