Siga aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia

A Coreia do Norte negou as acusações dos Estados Unidos de que Pyongyang forneceu no mês passado armamento ao grupo de mercenários Wagner, que está a participar nos combates na Ucrânia.

“O relatório japonês que a Coreia do Norte ofereceu munições à Rússia é o engano mais absurdo, que não vale qualquer comentário ou interpretação“, condenou o Ministério da Defesa norte-coreano, citado pela agência Reuters.

Grupo Wagner, verdadeiras sombras com armas. Quem é o exército de paramilitares de Putin?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Coreia do Norte diz que as alegações da Casa Branca e também da imprensa japonesa, que noticiou que Pyongyang vendeu armas à Rússia, “não têm cabimento”.

“Os princípios da República Democrática da Coreia do Norte permanecem inalterados quanto à questão das transações de armas com a Rússia, que nunca aconteceram”, sublinhou o porta-voz. Acrescentou que são os Estados Unidos que estão a trazer “derramamento de sangue” e destruição à Ucrânia através do envio continuo de armas letais para Kiev.

Na quinta-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que o grupo Wagner estava a procurar em todo o mundo fornecedores de armas para apoiar as operações militares na Ucrânia, recebendo de Pyongyang rockets de infantaria e mísseis.

Podemos confirmar que a Coreia do Norte completou uma primeira entrega de armamento ao Wagner, que já fez o pagamento do equipamento”. Segundo Kirby, a transação ocorreu no mês passado, um sinal de que o grupo está a expandir o seu papel no conflito.

À semelhança da Coreia do Norte, também o fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou as acusações, que descreveu como “boatos e especulação” das autoridades norte-americanas.

“Todos sabem que a Coreia do Norte não fornece qualquer tipo de armas à Rússia há muito tempo. Nem sequer foram feitos esforços nesse sentido“, garantiu num comunicado o oligarca russo, aliado do Presidente Vladimir Putin.

O grupo Wagner foi fundado por Prigozhin em 2014, ano em que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e se desencadearam movimentos separatistas na região do Donbass.

São lançados para a linha da frente e abatidos. Grupo Wagner usa prisioneiros como iscos humanos

Desde o início da invasão russa, em fevereiro, são já vários os relatos acerca das ações da companhia militar privada russa na Ucrânia. O grupo de mercenários é acusado de recrutar voluntários para a guerra nas prisões russas que, segundo o exército de Kiev, são usados como iscos humanos ao serem lançados para ataques frontais contra as linhas ucranianas.