Os advogados do ex-vice-presidente do Estados Unidos, Mike Pence, descobriram na semana passada cerca de uma dezena de documentos considerados confidenciais na sua casa no estado do Indiana, adianta esta terça-feira a CNN internacional.
De acordo com o mesmo jornal, Mike Pence já entregou esses documentos confidenciais ao FBI, que, juntamente com o Departamento da Justiça, estão a investigar de como forma é que os documentos acabaram na casa do ex-vice-presidente. Ainda não é claro sobre que temas é que a documentação incide.
Mike Pence já avisou o Congresso do sucedido e o advogado também alertou a organização que gere os Arquivos Nacionais. “Os registos adicionais parecem ser um pequeno número de documentos com marcas classificadas que foram inadvertidamente encaixotados e transportados para a casa pessoal do e no final do último Governo”, disse o advogado de Pence, Greg Jacob, numa carta enviada na semana passada ao Arquivo Nacional, responsável por preservar esse tipo de material.
Buscas encontram mais documentos confidenciais em outra casa de Joe Biden
Por descargo de consciência, terá sido Mike Pence que pediu aos seus advogados para que realizassem buscas nas suas casas, após os documentos confidenciais encontrados em casa de Joe Biden e também de Donald Trump. A equipa legal que representa o ex-vice-presidente encontrou os documentos dentro de quatro caixas.
Os advogados sublinharam que “Pence não sabia da existência de documentos confidenciais ou classificados na sua residência pessoal” e reforçaram que o ex-vice-presidente “entende a grande importância de proteger informações sensíveis e classificadas e está pronto e disposto a cooperar plenamente com o Arquivo Nacional e qualquer investigação apropriada”.
Pence, que ocupou a vice-presidência norte-americana no governo de Donald Trump, havia dito à agência Associated Press em agosto que não levou nenhuma informação classificada consigo quando deixou o cargo. Questionado diretamente se havia retido alguma informação confidencial ao deixar o cargo, Pence respondeu: “Não, não que eu saiba”.