O primeiro-ministro visita esta sexta-feira pela terceira vez, os militares portugueses na República Centro-Africana (RCA) uma missão externa das Forças Armadas nacionais, no âmbito das Nações Unidas, considerada muito complexa no plano da segurança.
António Costa esteve pela primeira vez na capital da RCA, em Bangui, em 2017, e regressou em dezembro de 2021, antes do Natal, depois de uma visita que efetuou a São Tomé e Príncipe. Desta vez, António Costa saiu de Lisboa na quinta-feira, ao fim da tarde, acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras.
Em Bangui, onde deverá permanecer cerca de seis horas, o líder do executivo português é recebido no aeroporto pelo primeiro-ministro da RCA, Félix Moloua, tendo depois no Palácio Presidencial uma reunião com o chefe de Estado, Faustin-Archange Touadéra, antes de se encontrar com os militares portugueses em missão neste país.
António Costa tem também prevista uma reunião com a representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Valentine Sendanyoye Rugwabiza, do Ruanda.
De acordo com informação divulgada pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal tem na República Centro-Africana a 12ª Força Nacional Destacada, que é composta por 215 militares.
Esta força, constituída sua maioria por tropas especiais paraquedistas do Exército, faz parte da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), na qual Portugal participa desde 2017.
O contingente português Inclui, também, militares de outras unidades do Exército, que têm como missão reforçar a capacidade operacional dos paraquedistas, um militar da Marinha Portuguesa e três militares da Força Aérea Portuguesa, que constituem uma equipa de controlo aéreo tático.
Segundo o Governo, Portugal tem mantido de forma continuada presença RCA, sendo este o maior contingente de Forças Nacionais Destacadas.
“Atualmente, Portugal participa com elementos nas duas missões da UE e na MINUSCA (ONU), contando as três missões na RCA com nacionais portugueses em posições de comando. A União Europeia tem duas missões a atuar na RCA: Uma missão militar de treino (EUTM RCA) e uma missão civil de aconselhamento e monitorização (EUAM RCA), com a participação e chefia de Portugal em ambas. Trata-se do mais importante envolvimento nacional em Operações de Paz”, salienta o executivo de Lisboa.
De acordo com dados do EMGFA, as Forças Armadas empenharam 2.427 militares em 29 missões internacionais no ano de 2022, sendo que a maior parte decorreu no âmbito da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
No ano passado, com militares e meios da Marinha, Exército e Força Aérea, “sob comando operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Portugal esteve presente em 29 missões em países do continente africano, americano, asiático e europeu, nas quais foram empenhados 2.427 militares, 89 viaturas táticas, nove navios e oito aeronaves”.