A vereação do PS na Câmara Municipal de Lisboa apresentou, esta sexta-feira, uma queixa contra o presidente da autarquia, Carlos Moedas, alegando que o autarca se recusou a prestar esclarecimentos sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A queixa, a que a agência Lusa teve acesso, foi entregue à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos e aponta para uma “violação do direito da oposição”.

Em causa está, explicam os vereadores socialistas, o facto de o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), não ter respondido a um requerimento do PS, no qual são colocadas várias questões sobre procedimentos levados a cabo pela autarquia para a realização da JMJ.

Entre as questões levantadas pelos eleitos do PS está o número de contratos celebrados pela autarquia, de despachos, nomeações, contratações e um pedido de informação sobre as empresas consultadas para a construção do altar-palco.

O PS acusa ainda o executivo de Carlos Moedas de ainda não ter divulgado o memorando assinado entre todas as entidades envolvidas na organização da Jornada Mundial da Juventude.

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Nesse sentido, os socialistas requerem que a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos inste, “com urgência”, Carlos Moedas a disponibilizar os documentos e a informação pedida. “O estatuto do direito de oposição define como oposição a atividade de acompanhamento, fiscalização e crítica das orientações políticas dos órgãos executivos das autarquias locais”, argumentam.

Moedas anuncia cortes: altar-palco que vai receber o Papa custará 2,9 milhões

Na manhã desta sexta-feira, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou que o custo do altar-palco da Jornada Mundial da Juventude foi reduzido de 4,2 milhões para 2,9 milhões de euros, sublinhando que “até 25 milhões” do investimento camarário no evento “ficarão na cidade”.

O autarca social-democrata indicou que depois de revisto o caderno de encargos do altar-palco que será instalado no Parque Tejo-Trancão (e que permanecerá depois do evento), a infraestrutura vai passar de 5.000 metros quadrados para 3.250, enquanto a sua capacidade foi alterada de 2.000 para 1.240 pessoas e a altura foi reduzida de nove para quatro metros.

Além da redução do custo deste palco, o principal da JMJ, Carlos Moedas anunciou que a Igreja Católica (em concreto, a organização da JMJ) vai financiar o palco que será instalado no Parque Eduardo VII, uma “estrutura muito leve” cujo custo “poderá ascender aos 450 mil euros”.