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O secretário-geral da NATO advertiu esta quarta-feira que a Ucrânia “tem uma janela de oportunidade” para contrabalançar o conflito com a Rússia, mas para isso é necessário que os Estados-membros reforcem o apoio que estão a prestar ao país.

“A Ucrânia tem uma janela de oportunidade para inverter a balança [do conflito] e o tempo é crucial”, sustentou Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa depois de uma reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado Atlântico (NATO), na sede da aliança, em Bruxelas, Bélgica.

O secretário-geral da NATO acrescentou que, praticamente um ano depois do início da invasão, “não há sinais de que a Rússia queira paz, pelo contrário, está a lançar uma nova ofensiva” para tentar recapturar os territórios que tinha anexado e que as Forças Armadas ucranianas conseguiram libertar nos últimos meses.

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No entanto, segundo Stoltenberg, a Federação Russa não é a única ameaça que a aliança militar enfrenta: “Vivemos num mundo mais perigoso, devido ao comportamento agressivo da Rússia, a ameaça persistente do terrorismo e o desafio crescente que a China representa.”

Os Estados-membros da NATO e os aliados da organização “estão a prestar auxílio sem precedentes” a Kiev, mas isso “está a consumir uma enorme quantidade de munições e a esgotar o “stock”, prosseguiu o representante.

Por isso, a NATO está a trabalhar para “melhorar a capacidade industrial” e o secretário-geral anunciou um projeto para armazenar munições, que tem de ser em paralelo complementado com o aumento da produção.

Questionado sobre o alerta que fez para a escassez de munições, Stoltenberg respondeu que os Estados-membros estão a produzir mais munições e armamento para garantir que a NATO não está em falta com o compromisso de ajudar a Ucrânia a repelir a invasão russa.

De acordo com o representante máximo da aliança militar, os Estados-membros investiram nos últimos oito anos mais de 350 mil milhões de dólares (mais de 300 mil milhões de euros), o que representa uma reversão das políticas de desinvestimento na área da Defesa.

Sobre a sua sucessão, prevista para outubro, Stoltenberg nada disse.

A NATO é integrada por 30 países: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, República Checa, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia do Norte, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia e Turquia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).