A ministra da Defesa criticou esta sexta-feira a “posição ambígua” da China sobre a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, mas rejeitou comentar o plano de paz proposto por Pequim por ainda não o conhecer.

Interpelada pelos jornalistas sobre o plano de paz apresentado por Pequim para acabar com o conflito que começou precisamente há um ano, Helena Carreiras recusou fazer comentários por desconhecer em detalhe o que propunha.

A titular da Defesa em Portugal criticou a posição do Governo de Xi Jinping em relação a de Vladimir Putin: “Diria que a preocupação com a paz é importante, o reafirmar da desadequação de qualquer opção nuclear também, contudo, a China tem tido uma posição muito ambígua e a posição de neutralidade que inicialmente demonstrou é dificilmente sustentada.”

A proposta apresentada por Pequim pede que seja alcançado um acordo político e que haja racionalidade entre as partes envolvidas. Não há uma linha de condenação da agressão de Moscovo e com uma linguagem neutra a China propõe que seja respeitada a “soberania, independência e integridade territorial de todos os países”.

“Diálogo e negociações”. É o pedido genérico que o país faz para acabar com o conflito que esta sexta-feira completa um ano, em 12 pontos, mas sem qualquer referência a pedidos como a retirada dos militares russos do território ucraniano, feito por Kiev, ou a fim do fornecimento de armamento pelos países da NATO à Ucrânia, feito por Moscovo.

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