Uma mulher norte-americana, dada como desaparecida há 30 anos, foi encontrada num lar em Porto Rico, país para onde as autoridades acreditam que viajou de livre vontade depois de ter fugido da Pensilvânia, nos EUA.

Patricia Kopta, hoje com 83 anos, foi vista pela última vez no verão de 1992 pela família, que já não acreditava que estivesse viva. Na altura, o desaparecimento não foi considerado suspeito por diversos motivos: além do histórico de doença mental, não era incomum que Patricia desaparecesse por curtos períodos de tempo e a própria já tinha expressado vontade de sair de casa e até de ir para Porto Rico, por causa do clima tropical. Por isso, o marido, Bob Kopta, esperou até novembro de 1992 para dar o alerta às autoridades.

“Cheguei a casa uma noite e ela não estava, ninguém sabia onde estava”, relatou o marido, citado pela CNN Internacional, numa conferência de imprensa com as autoridades. Bob e Patricia estavam casados há 20 anos antes do desaparecimento.

A polícia da Pensilvânia diz que só tomou conhecimento do paradeiro da mulher quando um agente da Interpol e um assistente social de um lar em Porto Rico os contactaram no ano passado. “O que nos relataram foi que ela chegou ao lar em 1999, quando foi encontrada nas ruas de Porto Rico”, adianta o chefe da polícia de Ross Township, na Pensilvânia, Brian Kohlhepp. Patricia terá sido encontrada a vaguear pelas ruas, algo que também fazia quando estava nos EUA — onde abordava estranhos a quem dizia que tinha visões da Virgem Maria e que o mundo estava prestes a acabar.

Durante anos “recusou-se a falar” aos funcionários do lar “sobre a sua vida privada ou de onde veio”, contou Brian Kohlhepp. Só mais recente começou a falar do passado, revelando informação que levou um assistente social a contactar as autoridades. Feito um teste de ADN, num processo longo em que foram comparadas amostras da mulher às da irmã e do sobrinho, a identidade de Patricia foi confirmada. “Pensámos mesmo que ela estava morta”, disse a irmã, Gloria Smith, que à CNN revelou não ter ainda conseguido falar com Patricia, a quem foi diagnosticada demência.

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