O Credit Suisse está a cair mais de 20% em bolsa, depois do seu principal acionista ter dito que não iria colocar mais dinheiro no banco. O presidente do Saudi National Bank à Bloomberg descartou injetar capital no banco suíço. Sob grande pressão nos mercados financeiros – que estão a calcular uma probabilidade de falência de mais de 40% – ao início da tarde desta quarta-feira, o The Wall Street Journal noticiou que o BCE já questionou os bancos da zona euro sobre o grau de exposição ao Credit Suisse.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão simples, regulatória”, declarou à Bloomberg, o presidente do banco saudita, Ammar Al Khudairy, quando questionado sobre a possibilidade de injeção de capital no Credit Suisse.

A pressão que se gerou sobre o banco foi tal que, segundo o Financial Times, a liderança do banco contactou o Banco Nacional Suíço pedindo-lhe que este fizesse algum tipo de manifestação de apoio em relação à instituição. Ainda não foi tomada uma decisão sobre se essa manifestação será feita ou não.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre a situação da banca.

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Se um banco voltar a cair, quem vai pagar?

O Saudi National Bank cita razões regulatórias, já que tem 9,9% e não pode ultrapassar os 10%, segundo o Wall Street Journal.

Esta recusa acontece depois do banco ter na terça-feira admitido “deficiência grave” no controlo interno das contas. O banco central helvético recusou comentar a situação.

A queda no Credit Suisse está a arrastar a banca europeia. A cotação do banco suíça está, agora, ao nível mais baixo de sempre. Isto depois de no fim de semana ter acontecido um abanão no sistema financeiro nos Estados Unidos com a queda do SVB.

Credit Suisse admite “deficiência grave” no controlo interno das contas. Risco do banco dispara para recordes

Segundo o Wall Street Journal, o presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, sustentou que o balanço do banco era forte e que “estava com as mãos na massa” para resolver os problemas. E, por isso, descartou qualquer necessidade de apoio público.

Credit Suisse treme, escândalo atrás de escândalo, e mercados receiam novo Lehman