O departamento de Justiça dos EUA e o FBI estão a investigar o TikTok, propriedade da chinesa ByteDance. As alegações em causa não são novas: funcionários da empresa terão espiado utilizadores norte-americanos da rede social, incluindo jornalistas. A informação foi confirmada esta sexta-feira à NBC News por fontes com conhecimento sobre o caso.

A ByteDance condenou “fortemente” as ações daqueles que são suspeitos de estar “envolvidos”, garantindo que esses já não trabalham para a empresa. “A nossa investigação interna ainda está em andamento e cooperamos com quaisquer investigações oficiais quando chegarem até nós”, acrescenta. Por sua vez, o departamento da Justiça e o FBI recusaram-se a comentar.

A primeira notícia que dava conta da abertura de uma investigação foi publicada esta quinta-feira na Forbes, que já adiantava que os funcionários em causa tinham sido demitidos após ter ficado confirmado de que estavam a tentar encontrar as fontes responsáveis por fugas de informação relacionadas com a plataforma. A investigação da ByteDance descobriu que esses trabalhadores tiveram acesso aos endereços IP e outros dados dos jornalistas, bem como alguns dos seus contactos (através das suas contas de TikTok).

Os EUA temem que o TikTok seja utilizado como uma ferramenta de espionagem ao serviço de Pequim. O braço de ferro é antigo: começou com Trump em 2020. Mas conheceu novos desenvolvimentos esta semana. O governo de Joe Biden ameaçou banir a aplicação nos Estados Unidos se esta continuar nas mãos da ByteDance. Ainda assim, os apelos dos EUA para que os proprietários chineses da rede social vendam as ações foram desvalorizados pelo TikTok, que considera que isso não ajudará a proteger a segurança nacional norte-americana.

Avisos do FBI, acesso indevido a dados, proibições e receios de espionagem. É o fim da linha do TikTok nos EUA?

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