Depois do Twitter, Facebook e Instagram, Donald Trump recebeu autorização para voltar ao YouTube. A plataforma de partilha de vídeos anunciou esta sexta-feira que restaurou o canal do ex-Presidente norte-americano, dois anos depois de o ter banido no seguimento do ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021. E, consequentemente, o antigo Presidente dos EUA voltou a usar esta plataforma, tal como o Facebook.
“Estou de volta”, diz a legenda da publicação nesta última rede social. A frase é acompanhada por um vídeo de 12 segundos (também ele partilhado no Youtube) no qualTrump aparece a discursar após vencer as eleições de 2016.
A decisão do Youtube seguiu os passos de tomadas de posição semelhante do Twitter de Elon Musk e da Meta (dona do Facebook e Instagram) de Mark Zuckerberg, que voltaram a abrir as portas das suas redes ao magnata nos últimos meses, pouco depois de este ter anunciado oficialmente a sua recandidatura à Casa Branca em 2024.
A decisão da empresa foi noticiada inicialmente pelo site Axios, e posteriormente confirmada pelo próprio YouTube no Twitter:
1/ Starting today, the Donald J. Trump channel is no longer restricted and can upload new content. We carefully evaluated the continued risk of real-world violence, while balancing the chance for voters to hear equally from major national candidates in the run up to an election.
— YouTubeInsider (@YouTubeInsider) March 17, 2023
Avaliámos cuidadosamente o risco continuado de violência real, contrastando ao mesmo tempo com a necessidade de os eleitores poderem ouvir igualmente todos os principais candidatos com o aproximar das eleições”, pode ler-se na série de tweets.
A plataforma nunca foi o principal modo de comunicação do antigo Presidente — no YouTube tem cerca de 2.6 milhões de subscritores, em contraste com os quase 90 milhões de seguidores no Twitter e 34 milhões no Facebook. O levantar da restrição oferece a Trump mais uma uma via pela qual poderá agora comunicar com os seus seguidores, muitos dos quais tinham usado os vídeos mais recentes do canal para deixar mensagens de boas vindas.
Em comunicado, a plataforma garantiu que o canal será “sujeito às nossas regras, como qualquer outro canal de YouTube”. Já anteriormente, a Meta tinha anunciado uma série de novas medidas que aplicaria à conta de Trump para impedir que o ex-Presidente volte a “pisar o risco”. Apesar de já ter acesso às suas redes, Trump continuava, até hoje, a publicar apenas na sua rede social, a Truth Social.
Porém, como explicoi a BBC recentemente, com o aproximar de tempos decisivos para a corrida presidencial norte-americana, era expectável que o magnata regressasse às publicações de campanha através das plataformas mais tradicionais.
Twitter quer Trump, mas Trump não quer o Twitter. “Não vejo qualquer razão para voltar”
*Notícia atualizada às 21h37 de 17 de março de 2023 com informação sobre a publicação de Trump no Facebook
