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Josep Borrell voltou a falar da emissão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de um mandado de detenção contra o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin: “Podemos negociar o que quisermos, mas esta decisão continua válida.”

Vladimir Putin está na mira de dezenas de países. 14 perguntas sobre o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional

“Se Putin viajar para um dos países” que está ao abrigo do Estatuto de Roma — são mais de 130, incluindo Portugal — será imediatamente detido, acrescentou Borrell pouco antes do início de uma reunião em Bruxelas (Bélgica) sobre o apoio que a União está a dar à Ucrânia e a outros países, uma vez que “com a guerra a situação humanitária em todo o mundo tornou-se extremamente perigosa”.

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Já a prorrogação do acordo para exportação de cereais a partir da Ucrânia é uma “boa notícia” e tem de ser “cumprido com eficácia e sem atrasos”, defendeu. “Caso contrário, a consequência será a perda de vidas humanas”, estimou o chefe da diplomacia europeia.

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros apelou também esta segunda-feira a um entendimento entre os Estados-membros para assegurar que a Ucrânia vai receber as munições de grande calibre de que necessita para repelir a invasão russa.

Se não houver acordo entre os 27, a UE vai “encontrar dificuldades para providenciar armamento” à Ucrânia, considerou Josep Borrell.

O alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Segurança apontou as quebras nas cadeias de abastecimento de cereais que são transportados para regiões do planeta onde há escassez de alimentos.

Por isso, Borrell espera que haja acordo entre os Estados-membros para avançar com o pacote de cerca de dois mil milhões de euros para disponibilizar e produzir munições de 155 milímetros.

Há cerca de duas semanas, houve um acordo político entre os ministros da Defesa da UE, em Estocolmo (Suécia), para avançar com este plano.

O envio de aeronaves de combate continua a ser um assunto tabu para os 27, pelo que não deverá ser abordado na reunião desta segunda-feira de ministros da Defesa e dos governantes com a pasta dos Negócios Estrangeiros — uma vez que qualquer apoio militar neste sentido tem de ser concertado com os Estados —membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e restantes países que apoiam a Ucrânia.

Contudo, a Polónia anunciou no final da semana passada que vai enviar quatro MiG-29 e a Eslováquia vai enviar 13 aeronaves iguais.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) vão tentar fechar esta segunda-feira um acordo político sobre a aquisição conjunta de munições e acelerar a sua entrega à Ucrânia, numa reunião conjunta em Bruxelas.

Ucrânia. Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia tentam fechar acordo sobre munições

A reunião desta segunda-feira de titulares das pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos 27 — o chamado formato «Jumbo» — segue-se à reunião informal de ministros da Defesa celebrada a 08 de março em Estocolmo, na qual os 27 já chegaram a um acordo de princípio sobre as linhas gerais da inédita aquisição conjunta de munições, que terá agora de ser ‘afinada’ e confirmada neste Conselho de Negócios Estrangeiros e pelos líderes europeus, na cimeira agendada para quinta e sexta-feira em Bruxelas.