O ministro da Energia da Moldova defendeu a manutenção do contrato com a empresa russa de energia Gazprom e assegurou que a decisão foi tomada para evitar uma “crise humanitária” na região separatista da Transnístria.

A região apenas recebe gás de Gazprom e ninguém está hoje disposto a fornecer gás de forma gratuita, como faz esta empresa. Isso permite manter a estabilidade e evitar uma crise em grande escala, incluindo a humanitária”, assegurou Viktor Parlikov, em declarações à cadeia televisiva Digi 24.

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O ministro referiu que, de momento, “não é possível admitir a rescisão do contrato com a Gazprom” e sublinhou que esta questão poderá tornar-se num “problema de segurança a nível regional que terá de ser resolvido”.

A Moldova confronta-se com uma crise energética devido ao aumento dos preços da energia na sequência da ofensiva militar russa na Ucrânia.

As declarações desta quinta-feira de Parlikov contrastam com as emitidas pelo próprio há poucos dias, quando recomendou à distribuidora Moldovagaz que alterasse a decisão de voltar adquirir gás à Gazprom pelo facto de o país possuir reservas suficientes para garantir a segurança energética.

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A Transnístria é uma região separatista pró-russa da Moldova. Situado junto à fronteira com a Ucrânia, o território proclamou a sua independência mas não é reconhecido por qualquer Estado.