Siga aqui o nosso liveblog sobre o ataque ao Centro Ismaili, em Lisboa
Eram cerca das 10h da manhã quando a aula de português no Centro Ismaili de Lisboa começou. Entre os 15 alunos, estava o cidadão de nacionalidade afegã. Cerca de 50 minutos depois, o homem levantou-se, e, sem que nada fizesse prever, feriu o professor com uma “faca de grandes dimensões”. Os restantes colegas de turma tentaram travá-lo, contou Nizam Mirzada, irmão de uma das testemunhas do ataque desta manhã, ao Observador. “Não faças isso, não está certo.”
Ainda dentro da sala de aula, depois de ter ferido o professor de Português — transportado depois para o Hospital de Santa Maria —, o afegão ameaçou cometer suicídio, aproximando a faca que trazia consigo do seu pescoço. Mas não o fez e decidiu abandonar a sala de aula. Depois, recorrendo à mesma faca com que tinha ameaçado o professor, o agressor atacou duas mulheres — de cerca de 20 e 40 anos —, ainda dentro do centro Ismaili, que acabaram por morrer.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi informada do sucedido no centro Ismaili às 10h57. Um minuto depois, refere o comunicado divulgado por esta força de segurança, chegaram os “primeiros polícias que responderam à ocorrência”. Os agentes depararam-se com “um homem armado com uma faca de grandes dimensões”, lê-se no mesmo comunicado da PSP.
As autoridades pediram que o agressor “cessasse o ataque”, mas o homem de nacionalidade afegã não “obedeceu”, tendo avançado “na direção dos polícias com uma faca na mão”. Assim, “face à ameaça grave”, os polícias tiveram de recorrer a uma “arma de fogo” e disparar sobre o atacante, atingindo-o no pé e, por conseguinte, imobilizando-o.
De seguida, o cidadão afegão foi “socorrido” e transportado para o Hospital São José. O Observador apurou que o homem entrou no hospital através dos serviços de urgência e foi encaminhado para o bloco cirúrgico, onde foi sujeito a uma cirurgia.