Ao contrário do que chegou a ser expectável, o antigo campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, de 36 anos, condenado a 13 anos e cinco meses de prisão, em 2017, por matar a namorada, Reeva Steenkamp, em 2013, vai continuar preso.

Embora a lei sul-africana preveja que uma pessoa condenada, que tenha cumprido metade da pena, possa beneficiar de um ajuste das medidas penais, que pode resultar ou não numa possível libertação sob forma condicional, Pistorius terá que esperar mais um ano para que a sua situação seja novamente avaliada pelo tribunal.

O Departamento dos Serviços Prisionais sul-africano, em comunicado publicado esta sexta-feira, explicou que a decisão foi negada pelo “ex-atleta não ter cumprido ainda o período mínimo de detenção”.

Essa foi a decisão tomada esta sexta-feira por uma comissão que esteve a avaliar as condições psicológicas e o comportamento do ex-atleta na prisão para decidir sobre a possibilidade de sair em liberdade condicional.

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O caminho para conseguir adquirir a liberdade está a decorrer há mais de um ano, tendo incluído, em 2022, por exigência do tribunal, uma reunião com os pais da vítima, onde o ex-atleta, amputado de ambas as pernas, voltou a negar o crime que cometeu, obrigando a família de Reeva Steenkamp a manter-se contra a libertação condicional: “Ele é um assassino. Deve permanecer na prisão”.

Oscar Pistorius terá de se encontrar com os pais da namorada para poder solicitar a liberdade condicional

Oscar Pistorius, conhecido por “Blade Runner, foi condenado pela morte da namorada de 29 anos, a 14 de fevereiro de 2013, com quatro tiros, através da porta da casa de banho. Em sua defesa argumentou ter pensado que se tratava de um ladrão.