O balão de espionagem chinês, que foi avistado a sobrevoar o espaço aéreo norte-americano no final de janeiro, terá conseguido recolher informações provenientes de sinais de inteligência de bases militares dos Estados Unidos. De acordo com as informações avançadas pela CNN, que cita fonte próxima do processo, o objeto branco com capacidade para alcançar 37 mil metros de altitude terá conseguido enviar as informações recolhidas para Pequim em tempo real.

É gigante, gerou um incidente diplomático e pode ser um aviso da China: o que se sabe sobre o enigmático balão espião?

Para já, aponta ainda a CNN, é cedo para avaliar o verdadeiro impacto do alegado envio desta informação e o governo norte-americano está ainda a tentar perceber se as informações que chegavam ao território chinês eram eliminadas ou guardadas e também qual o conteúdo da informação recolhida.

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O aparecimento deste balão de espionagem deu origem a várias teorias, passando, por exemplo, pela hipótese de se tratar de um balão meteorológico, mas essa opção foi rapidamente afastada, com o governo norte-americano a desmentir Pequim. O balão acabou por ser abatido pelos Estados Unidos, mas a comunidade cientifica não atribui demasiada importância a este objeto, uma vez que, segundo a mesma fonte, os dados que poderão ter sido recolhidos não serão muito diferentes daqueles que surgem pelos satélites da China. E o FBI está ainda a analisar este objeto.

“Cilíndricos” e “menores” do que o balão espião chinês. O mistério dos objetos voadores não identificados abatidos pelos EUA e Canadá

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos terão desenvolvido, no ano passado, um sistema capaz de rastrear este tipo de objetos, caso apareçam nos céus norte-americanos. Assim que este balão de espionagem foi identificado, o Presidente dos Estados Unidos garantiu que o país iria “tratar do assunto” e o secretário de Estado, Antony Blinken, chegou a adiar uma viagem que estava agendada para Pequim.

As autoridades norte-americanas recusaram sempre confirmar a localização exata do balão e em que Estado estava a sobrevoar, mas conhecem-se alguns detalhes do seu percurso: terá partido da China, atravessou o Oceano Pacífico e terá entrada nos Estados Unidos pela Ilhas Aleutas, que pertencem ao Alasca. Depois, sobrevoou o espaço aéreo canadiano até chegar a Billings, no Estado do Montana.