Chamava-se Mauricio Garcia o atirador que matou pelo menos oito pessoas, incluindo crianças, disparando indiscriminadamente sobre as pessoas que estavam num centro comercial em Allen, no Texas (EUA). O homem, que foi morto por um polícia que estava a passar por perto e ouviu os primeiros tiros, costumava partilhar conteúdos neo-nazis nas redes sociais e foi dispensado do Exército em 2008 por causa de “dúvidas sobre a sua saúde mental“.
A ABC News já tinha revelado, na manhã de domingo, que, depois do tiroteio que acabou com a polícia a abater o suspeito, o FBI esteve na casa dos pais onde este homem, na casa dos 30 anos, sempre viveu. Os agentes da autoridades que fizeram um raid à casa onde vivia o suspeito levaram com eles um tradutor, já que se trata de um cidadão com ascendência hispânica (latino-americana). A família terá sido interrogada ao longo de várias horas e os agentes saíram da casa com uma caixa.
Segundo as informações transmitidas por vizinhos à reportagem da ABC News, o homem era alguém que habitualmente “não dava confiança a ninguém” no bairro – o seu Dodge Charger cinzento estava quase sempre estacionado à porta da casa e o próprio costumava caminhar pelas ruas, sozinho, com um capuz, exibindo um comportamento “algo estranho”, disseram os vizinhos. “Não falava com ninguém”, acrescentam.
Nos últimos meses, os vizinhos terão notado que o carro esteve estacionado à porta da casa menos tempo do que era habitual. Tanto que alguns vizinhos se recordam de pensar que talvez tivesse saído de casa dos pais. Alguns vizinhos apontam que era frequente ver o suspeito vestido com uma farda de segurança mas nunca foi visto com armas.
FBI agents took evidence from a home in Northeast Dallas where suspect in Allen Premium Outlets shooting recently lived with his parents. Neighbors say he was quiet and always acted unusual. The FBI questioned family for hours. @wfaa pic.twitter.com/uN8OStxiQZ
— Rebecca Lopez (@rlopezwfaa) May 7, 2023
A investigação sobre a sua vida ainda está em curso, mas os jornais norte-americanos indicam que foram encontradas centenas de publicações nas redes sociais do homem, incluindo conteúdos racistas e violentos. Tinha 33 anos e não tinha cadastro.
Biden apela ao Congresso que proiba armas de assalto após chacina no Texas
O suspeito foi abatido nas imediações de um centro comercial depois de ter saído do seu carro e começado a disparar sobre quem seguia no passeio. Foram colocados vídeos nas redes sociais, filmados por câmaras instaladas em automóveis de automobilistas que rapidamente fugiram do local. As imagens mostravam o homem a disparar dezenas de tiros só nos curtos segundos registados nesses vídeos.
Nessas mesmas imagens mostra-se um homem corpulento, vestido todo de preto e armado com pelo menos uma arma automática. Outras imagens surgidas nas redes sociais mostram o atirador morto no chão, depois de abatido pela polícia, onde é visível uma tatuagem na mão. Existe especulação de que essas tatuagens podem indicar pertença a gangues mas essa informação não foi confirmada.