Em Portugal, a idade mínima para iniciar o rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos e a idade máxima subir para os 74, seguindo as recomendações mais recentes da União Europeia. José Dinis, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde (DGS), confirmou ao Público que existe um grupo de trabalho coordenado pelo Departamento da Qualidade em Saúde para o ajuste da idade do rastreio da doença.

A atualização da norma vai estar em linha com as indicações mais recentes da UE, emitidas em novembro de 2022, que recomendam que os rastreios do cancro da mama comecem a ser feitos mais cedo e até mais tarde, entre os 45 e os 74 anos, uma proposta que resulta de uma “revisão ampla e abrangente da literatura científica sobre este assunto”, de acordo com o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.

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A norma mais recente da DGS para o rastreio da doença remonta a 2011 e aponta que a mesma não está indicada para mulheres com menos de 50 anos. Um despacho publicado pelo Governo em 2017 para uniformizar as regras de rastreios oncológicos confirmava que “o programa de rastreio do cancro da mama destina-se à população do sexo feminino, com idade igual ou superior a 50 anos”.

Em Portugal, de um modo generalizado, estes rastreios são realizados entre os 50 e os 69 anos. Assim, as novas indicações deverão estender em 10 anos os rastreios do cancro da mama, começando 5 anos mais cedo e terminando 5 anos mais tarde.

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