Foram descobertos na antiga cidade de Pompeia os restos mortais de duas pessoas que se acredita terem morrido nos terramotos que acompanharam a erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.c.. Os esqueletos foram encontrados debaixo de uma parede colapsada quando uma equipa fazia escavações em Insula dei Casti Amanti.

Uma análise às fraturas ósseas aponta que os dois homens terão morrido na sequência de múltiplos ferimentos quando o prédio em que se refugiaram desabou devido ao terramoto, durante a fase inicial da erupção. As vítimas teriam cerca de 50 anos.

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“Nos últimos anos apercebemo-nos que se registaram violentos e poderosos eventos sísmicos quando a erupção estava a decorrer”, disse após a descoberta o diretor do parque arqueológico de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel, citado pela ABC. “A vida humana é tão frágil … Em Pompeia, as técnicas de escavação avançadas ajudaram-nos a ver mais claramente o inferno que destruiu a cidade em dois dias, matando tantos habitantes”, acrescentou.

Segundo o The Guardian, na mesma sala em que se encontravam os esqueletos os investigadores descobriram contas de um colar e seis moedas, entre as quais duas que datam a meados do século II a.c..

As ruínas de Pompeia foram descobertas durante o século XVI e as primeiras escavações arrancaram em 1748. Desde então foram encontrados os restos mortais de mais de 1.500 pessoas que morreram na sequência da erupção do Monte Vesúvio.

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Entre as mais recentes descobertas, estão os restos mortais de um nobre e o seu escravo, encontrados no decorrer de uma escavação na vila suburbana de Civita Giuliana, em 2020. No mesmo ano também foram encontradas em Pompeia ruínas de edifícios típicos da “classe média” de há dois milénios.