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É o 449.º dia de guerra. As declaração de Dmitry Peskov, que garantiu que a Rússia se encontra preparada para ouvir “quaisquer propostas” que ajudem a resolver o conflito, marcam as primeiras horas desta quinta-feira. No seu briefing diário, o porta-voz do Kremlin adiantou ainda que uma delegação de países africanos vai visitar Moscovo com o objetivo de apresentar uma proposta para terminar com a guerra.

Do lado de Kiev surgiram novidades referentes à contraofensiva. Petro Poroshenko, antigo Presidente da Ucrânia, adiantou que esperada contraofensiva ucraniana começará “dentro de dias” e indicou que os avanços das forças de Kiev começarão a “qualquer momento”.

O que aconteceu durante a noite?

  • Os EUA sinalizaram aos parceiros europeus que não os irá impedir de enviar caças F-16 para a Ucrânia se assim entenderem;
  • O sistema antiaéreo Patriot, danificado durante os bombardeamentos russos a Kiev na madrugada de terça-feira, já está reparado e “completamente operacional”, confirmou o Pentágono à CNN Internacional;
  • O Presidente ucraniano aludiu ao trabalho que está a ser desenvolvido na frente de combate, numa aparente referência à contraofensiva, mas recusou entrar em detalhes, afirmando apenas que “as brigadas ofensivas estão a trabalhar bem”;
  • As sirenes de alerta para um ataque aéreo voltaram a soar um pouco por toda a Ucrânia, com exceção do extremo oeste do país;
  • O Papa Francisco deverá enviar emissários da paz para se encontrarem com os Presidentes da Rússia e da Ucrânia, avançou o site Il Sismografo, especializado em notícias do mundo católico;
  • Após a Ucrânia ter alertado que a inspeção de navios ao abrigo do acordo de exportação de cereais não tinha sido retomada, a ONU confirmou que três novas embarcações foram aprovadas para inspeção, de acordo com a Sky News;
  • Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um bombardeamento russo na vila de Tsyrkuny, no nordeste de Kharkiv.

O que aconteceu durante a tarde?

  • O líder do grupo Wagner voltou a dirigir críticas ao exército russo e alegou estar a ser ignorado pelo Kremlin. Yevgeny Prigozhin acusou Moscovo de ter abandonado o norte de Bakhmut, deixando os flancos da cidade expostos a ataques ucranianos;
  • Após a reunião com Jens Stoltenberg, em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a “primeira grande derrota do Presidente russo”, Vladimir Putin, “foi a revitalização da NATO”. Stoltenberg agradeceu a Portugal o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, e mostrou-se “confiante” de que as “tropas ucranianas têm capacidade para reconquistar os territórios ocupados”;
  • A Ucrânia disse ter repelido uma série de ataques russos nos arredores de Bakhmut ao longo do último dia, com as forças ucranianas a ganharem novamente terreno em algumas áreas da cidade;
  • O governador da região de Belogorod, na Rússia, disse que os militares ucraninos mataram dois civis numa zona residencial perto da fronteira com a Ucrânia;
  • O Pentágono terá sobrestimado em cerca de 3 mil milhões de dólares (2,79 mil milhões de euros) o equipamento militar enviado à Ucrânia, assumiram à Reuters várias fontes anónimas do governo dos EUA;
  • A missão de seis líderes africanos para discutir uma solução para o conflito na Ucrânia visitará a Rússia em junho ou julho, anunciou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O Ministério da Defesa da Rússia disse que atingiu alvos militares ucranianos com mísseis de alta precisão. As alegações surgiram depois de a várias explosões terem sido sentidas esta madrugada em Kiev e noutras regiões da Ucrânia.

  • Desde as 21h00 de quarta-feira (19h00 em Lisboa) até às 05h30 de quinta-feira, a Ucrânia abateu 29 dos 30 mísseis enviados pela Rússia. Os projéteis eram mísseis de cruzeiro projetados de terra, mar e por meios aéreos.

  • Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas na sequência de um ataque com mísseis lançado por parte da Rússia na cidade de Odessa.

  • A circulação de comboios entre Simferopol e Sevastopol, na Crimeia, foi suspensa. Surgiram rumores de que seria devido a uma explosão na ferrovia que terá resultado no descarrilamento de cinco vagões com cereais.

  • O Presidente da Bielorrússia alertou que o alargamento da NATO aos países nórdicos “colocou o mundo à beira de um conflito global”, quando, na sua opinião, é necessário “um novo sistema de relações internacionais” que reconsidere o papel das atuais potências.
  • A Finlândia e a Dinamarca dizem que as suas contas bancárias na Rússia foram congeladas, o que leva a que as suas embaixadas sejam obrigadas a fazer pagamentos em dinheiro.

  • A câmara baixa do Parlamento russo aprovou a realização de eleições durante a aplicação da lei marcial, seja em território nacional ou em zonas em “estado de guerra”, como nas regiões ucranianas invadidas e anexadas.

Parlamento russo aprova realização de eleições mesmo sob lei marcial

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  • Jack Teixeira, lusodescendente suspeito de divulgar documentos militares confidenciais norte-americanos, já tinha sido advertido várias vezes sobre o acesso a informações classificadas. As alegações são feitas em documentos divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano.

  • Andrei Medvedev, antigo comandante do Grupo Wagner, quer regressar à Rússia apenas quatro meses depois de fugir para a Noruega.

Ex-comandante do grupo Wagner que fugiu para a Noruega quer voltar à Rússia: “Se me matarem, tudo bem. Se não, muito obrigado”

  • Os líderes do G7 vão reunir-se em Hiroxima, no oeste do Japão, a partir de sexta-feira, para endurecer a posição em relação à Rússia e adotar uma linha comum em relação à China.

Líderes do G7 reúnem-se em Hiroxima com guerra na Ucrânia como maior preocupação

  • O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta quinta-feira em Lisboa com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.