Os países africanos precisam de mais investimentos climáticos para cumprirem as metas de redução de emissões e adaptação aos impactos das alterações climáticas, tema subjacente às reuniões anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) que começam esta segunda-feira.
Até 26 de maio, em Sharm el-Sheikh, no Egito, o tema nas múltiplas sessões de trabalho é “Mobilizar o financiamento do setor privado para o clima e o crescimento verde em África”.
O financiamento climático vindo do setor privado no continente africano é menos de metade do que é conseguido noutras regiões comparáveis do mundo, e nos encontros anuais deste ano o BAD quer incentivar a procura e estruturação de mecanismos e instrumentos inovadores neste campo.
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A instituição estruturou um conjunto de eventos de onde espera contributos dos representantes dos 81 países membros, regionais e não regionais, que participam nos encontros, que contam também com a presença de governadores dos Bancos Centrais, líderes do setor financeiro e empresarial, académicos e parceiros de desenvolvimento.
O contexto é que, apesar de o continente africano contribuir menos que os outros para a emissão dos gases com efeito de estufa, é desproporcionadamente afetado pelas alterações climáticas.
Os encontros anuais são o evento mais importante do BAD, que tem 54 Estados-membros africanos e 27 não africanos, e espera-se que até 4.000 pessoas participem dasrReuniões de 2023 que vão decorrer no Centro Internacional de Conferências de Sharm el Sheikh.