Um dos mais prestigiados construtores britânicos de automóveis, a Aston Martin, atravessa um período mais complicado em termos financeiros. Mas, por outro lado, possui uma invejável gama de veículos, líderes nos respectivos segmentos, como o DBX707 e o Valkyrie. Para que a criatividade dos seus engenheiros não enfermasse de qualquer tipo de limitação, o fabricante que tem como principal accionista um grupo de investidores liderados por Lawrence Stroll, pai de Lance Stroll (um dos pilotos oficiais da marca na F1), seguido do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, acolheu de braços abertos o reforço do capital detido pelos chineses da Geely.

Chinês dono da Volvo é o maior na Mercedes

Até aqui com 7,6% da Aston Martin, a Geely Automobile Holdings investiu uns adicionais 234 milhões de libras (cerca de 270 milhões de euros) para elevar a sua fatia na marca britânica para 17%, tornando-se assim no 3.º maior accionista, à frente da Mercedes com 11,8%. No processo, o construtor inglês reforçou o cash-flow em 95 milhões de libras (cerca de 110 milhões de euros). Parte do acordo impede ainda a Geely de ultrapassar os 20% da Aston Martin até 2024, exactamente como acontece na Mercedes.

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Geely compra 50% da Smart que vai para a China

Esta não é a primeira vez que a Geely, do chinês Li Shufu, adquire uma fatia importante num construtor de referência europeu, uma vez que já detém 9,7% da Mercedes, sendo o maior accionista privado do construtor germânico. Entre Shufu e a Gelly, este grupo asiático detém ainda a propriedade de 50% da Smart, cujos modelos produz na China sobre plataformas suas, além de 100% da Volvo, Polestar, Lotus, Proton e os táxis da London Electric Vehicle Company.