Elementos da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE decidiram esta que vão realizar ações de protesto durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em Lisboa na primeira semana de agosto.

A decisão foi tomada durante o encontro nacional das forças de segurança, que decorreu em Lisboa e foi organizado pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os sindicatos e associações mais representativos da área da segurança interna.

“Aquilo que ficou decidido no imediato é a realização de ações de protesto na semana anterior e durante a JMJ”, disse aos jornalistas o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente, César Nogueira, que é também presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).

César Nogueira avançou que ainda não está definido quais os protestos que vão realizar, mas garantiu que “serão ações de luta fora do normal”.

“A organização vai ver qual a melhor forma e, com o tempo, vamos ver se o Governo vai acatar as nossas reivindicações”, afirmou, apontando os vencimentos, descontos para os subsistemas de saúde e condições de serviço como os problemas em comum para as forças e serviços de segurança.

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Para César Nogueira, “o Governo tem feito ouvidos moucos às reivindicações dos profissionais”.

Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo líder da Igreja Católica para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

No final do encontro, perto de uma centena de elementos das forças e serviços de segurança desfilarem entre a avenida D. Carlos I, local onde decorreu a reunião, e a Assembleia da República onde entregaram uma moção com as principais reivindicações.

“Esta moção fala dessas questões principais, vencimentos, subsistemas de saúde e condições de trabalho, será entregue na Assembleia da República para ser distribuída pelos grupos parlamentares para que pressionem o Governo a olhar para nós com olhos de ver e não a dar palmadinhas nas costas a dizer que somos os melhores do mundo e um país muito seguro, mas é às custas dos profissionais que todos os dias estão na rua”, disse.

César Nogueira sustentou que os vencimentos atuais dos elementos das forças e serviços de segurança “não são condizentes com as funções que exercem” e contestou as atualizações que o Governo tem dado, que “são muito abaixo da perda do poder de compra”.

“Queremos que haja uma atualização séria dos valores do sistema remuneratório de cada instituição”, disse, anunciando que esta quarta-feira foi lançada uma petição pública para exigir que os polícias passem a descontar para os subsistemas de saúde 12 meses e não 14 meses com um valor de 3% em vez dos atuais 3,5%.

O objetivo é que esta petição seja depois entregue na Assembleia da República para ser discutida.

Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

*Notícia atualizada às 23h01 de dia 24 de maio de 2023