O secretário-geral do PSD afirmou esta quarta-feira que o partido “não pactuará com qualquer falha ética ou de legalidade”, pedindo rapidez na investigação judicial sobre uma alegada troca de favores entre o partido e o PS nas autárquicas de 2017.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Hugo Soares separou os planos jurídico e político, a propósito da reportagem emitida na terça-feira à noite na TVI/CNN.
“A primeira é que esta investigação deve concluir-se rapidamente, o PSD é e será absolutamente intransigente na defesa da decência ética, da legalidade e da normalidade democrática”, afirmou.
O dirigente do PSD salientou que este processo dura “há cinco ou seis anos” e “deve ter uma conclusão para se saber verdadeiramente quais são as imputações e os responsáveis daquelas condutas”. No plano político, Hugo Soares defendeu ser necessário “confirmarem-se alguns factos para que sejam retiradas consequências políticas”.
“E também aí quero deixar absolutamente claro, em nome do PSD: o PSD será intransigente com qualquer falha ética ou qualquer falha de legalidade. Fomos no passado, tem sido esta a nossa conduta e seremos em qualquer circunstância”, disse.
Hugo Soares não respondeu diretamente às perguntas se o PSD mantinha a confiança política no deputado Carlos Eduardo Reis, nem sobre pedidos de demissão dos ministros Fernando Medina ou Duarte Cordeiro, todos citados na investigação televisiva, e todos negando ter cometido qualquer ilegalidade.
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“É absolutamente necessário que estes factos sejam confirmados e que esta investigação chegue ao fim (…) O PSD tem dado esse exemplo e será sempre intransigente na defesa da decência ética, da normalidade democrática e da legalidade e não pactuará com qualquer falha”, repetiu Hugo Soares.