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É uma hipótese sobre a qual se especula há meses e pode estar na iminência de acontecer. A 27 de maio, Valery Zaluzhny, chefe das Forças Armadas da Ucrânia, deu sinais do arranque da contra-ofensiva. “Chegou a altura de recuperarmos o que nos pertence”, pode ler-se no Twitter.

A acompanhar a publicação, um vídeo de propaganda militar, distribuído no Telegram e também na conta de Twitter do Ministério da Defesa ucraniano. Nas imagens, é possível ver soldados totalmente equipados, a marchar e a treinar, sendo também exibidos diferentes tipos de equipamentos militares fornecidos pelo Ocidente, desde os tanques alemães Leopard-2 aos Himars, lançadores de foguetes americanos.

O vídeo faz referência à luta contra os “inimigos da pátria”, os “assassinos de irmãos”, os “violadores de irmãs”. “Deixa a minha mão ser firma par destruir o meu inimigo”, ouve-se. No final, todos entoam: “Ucrânia, minha pátria natal, Senhor, nosso pai celestial, abençoe a nossa ofensiva decisiva, a nossa vingança sagrada, a nossa vitória sagrada”.

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No mesmo dia, Oleksiy Danilov, Secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, afirmou, em entrevista à BBC, que a contra-ofensiva está pronta para começar — e que o ataque às forças russas pode arrancar “amanhã, depois de amanhã, ou dentro de uma semana”.

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Tanto o vídeo como a declaração de Danilov surgem depois de várias semanas de especulação sobre o arranque da contra-ofensiva ucranianaou até sobre a possibilidade de esta já ter começado. Na semana passada, por exemplo, milícias russas anti-Kremlin começaram a fazer incursões à região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, tendo sido registados bombardeamentos. Esses ataques continuam. De acordo com Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, esta segunda-feira, 29 de maio, vários assentamentos da região fronteiriça foram bombardeados por forças ucranianas, indica a Reuters.

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