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O funeral do antigo primeiro-ministro italiano aconteceu esta quarta-feira e, nesse momento, começaram a surgir notícias que davam conta da presença de Prigozhin, líder do grupo Wagner, na cerimónia. Terá sido mesmo Prigozhin a dizer que estava em Itália para o funeral de Silvio Berlusconi, mas tudo não terá passado de uma mentira para evitar perguntas de um jornalista. “Não estava lá”, assumiu o russo ao jornal italiano Corriere Della Sera.

Esta quinta-feira, o Telegraph avançava que Prigozhin tinha recusado responder a questões dos jornalistas sobre um ataque aéreo ucraniano que resultou na morte de mais de 100 soldados russos. O líder do grupo Wagner disse então que não estava disponível para prestar esclarecimentos, uma vez que se encontrava “no funeral de Berlusconi”.

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No entanto, a informação foi rapidamente esclarecida. “Apesar de conhecer Berlusconi e de ter estado com ele várias vezes, disse que estava no funeral de Silvio Berlusconi em resposta a um jornal com o qual não queria falar”, explicou Prigozhin, acrescentando: “É mais ou menos como dizer que estava na lua, no céu, ou em qualquer outro lugar onde, por razões óbvias, nunca poderia ter ido”. “Para ser claro, eu não fui ao funeral de Berlusconi”, voltou a sublinhar o líder militar russo, que tem sido, aliás, crítico do governo de Moscovo.

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No início do ano, Putin decidiu diminuir o protagonismo do grupo Wagner, que ganhou ainda mais visibilidade com a guerra na Ucrânia, sobretudo com a conquista de Soledar. Mas Prigozhin, que um dia foi o homem de confiança de Putin, passou a criticar o ministério da Defesa e as táticas adotadas no terreno pelo exército de Moscovo. No final de janeiro, um relatório do think tank norte-americano Instituto para a Guerra dava conta de que Putin decidiu “diminuir a dependência de Prigozhin e das suas forças irregulares” no conflito na Ucrânia, centralizando o esforço de guerra sob a alçada do ministério da Defesa russo.