O Partido de Coligação Nacional, vencedor das eleições de abril da Finlândia, apresentou este domingo os ministros que farão parte do novo executivo, com os observadores a considerarem que é o governo mais à direita das últimas décadas.
Depois de negociações que demoraram sete semanas, o PCN anunciou na sexta-feira um acordo com outros três partidos para a formação de uma coligação governamental que inclui o partido de extrema-direita e eurocético Partido dos Finlandeses, que tem uma agenda maioritariamente nacionalista e anti-imigração.
De acordo com a agência norte-americana de notícias AP, haverá um total de 19 ministros no novo governo, incluindo o primeiro-ministro e líder do PCN desde 2016, Petteri Orpo, antigo ministro das Finanças e do Interior, com oito dos governantes a saírem deste partido, o principal entre os conservadores.
A vice-presidente do partido, Elina Valtonen, será a ministra dos Negócios Estrangeiros.
Ao abrigo do acordo de coligação, o segundo partido mais votado nas eleições, o Partidos dos Finlandeses, terá sete ministros, incluindo o Ministério das Finanças, que será ocupado pelo líder partidário, Riika Purra.
Os quatro partidos terão uma confortável maioria de 108 dos 200 lugares do parlamento finlandês.
De acordo com os observadores citados pela AP, o programa de governo dá prioridade a reformas sociais, políticas e laborais, e cortes orçamentais nos próximos quatro anos, procurando descer substancialmente a dívida pública do país e optando por uma linha dura sobre a imigração, incluindo um fortalecimento das regras para receber a cidadania.
O Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, deverá nomear o novo executivo na quarta-feira, depois de o primeiro-ministro eleito ultrapassar o voto de confiança no parlamento.