As importações chinesas de petróleo russo atingiram em maio o nível mais elevado desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, segundo dados oficiais divulgados esta terça-feira em Pequim.
No mês passado, o gigante asiático comprou cerca de 9,71 milhões de toneladas de petróleo à Rússia, de acordo com os dados citados pela agência francesa AFP. Este volume foi quase o dobro do registado em fevereiro de 2022, quando a China comprou 5,4 milhões de toneladas de petróleo russo.
No mês seguinte, Pequim importou 6,3 milhões de toneladas de petróleo russo, numa altura em que o Ocidente impunha sanções sem precedentes a Moscovo para diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Face às sanções ocidentais, a Rússia tem procurado novos mercados, como os da China e da Índia, que têm aumentado as compras de petróleo russo.
As potências ocidentais advertiram repetidamente Pequim contra a possibilidade de apoiar o Presidente russo, Vladimir Putin, de uma forma que permitisse a Moscovo atenuar o impacto das sanções.
Para diminuir a elevada dependência que tinha de fornecimentos russos, a União Europeia (UE) tem procurado novos mercados, incluindo nos Estados Unidos, África e Médio Oriente.
Entre janeiro e novembro de 2022, a Rússia representou menos de um quarto das importações de gás da UE, outro quarto veio da Noruega e 11,6% da Argélia, segundo dados do Conselho Europeu.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia terá caído 2,1% em 2022, de acordo com dados do Banco Mundial (BM), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Para 2023, a OCDE prevê uma queda de 2,5% do PIB russo e o Banco Mundial admite uma diminuição de 0,2%, enquanto o FMI antecipa um crescimento de 0,7%, ainda segundo o Conselho Europeu.